Uma maritaca sem as patas se recuperou após passar por uma cirurgia de implantação de próteses, em Barretos, a cerca de 120 quilômetros de Ribeirão Preto. O procedimento foi realizado há cerca de um ano – veja o vídeo abaixo.
A cirurgia foi realizada pela médica-veterinária Maria Angela Panelli que faz um trabalho voluntário de resgate e reabilitação de animais silvestres encontrados feridos na região de Barretos, em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
Batizada de Melancia, a ave foi deixada no zoológico de Americana sem as patas. Segundo Maria Angela, a equipe já tinha decidido pela morte induzida, quando uma estagiária decidiu ficar com a maritaca e procurou a veterinária.
“Ela veio aqui em Barretos, pagou pelo procedimento e nós fizemos as próteses. E a gente fica muito feliz, quando a pessoa manda de volta a notícia se o animal está bem ou não, e ele se adaptou super bem”, disse a veterinária.
Repercussão nacional
A veterinária e a irmã Maria Helena Panelli já participaram do desafio do The Wall, no programa do Domingão com Hulk da TV Globo, no ano passado. No desafio contra a parede, elas faturaram R$ 133 mil, recursos que foram destinados para o trabalho que ela desenvolve em Barretos.
Natural de Ribeirão Preto, a veterinária mora há mais de 10 anos em Barretos e há mais de quatro firmou uma parceria com a Polícia Militar Ambiental para atendimento dos animais, principalmente de aves feridas. Até o início de 2022, o projeto já tinha resgatado cerca de 1.500 animais.
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‘A maioria são aves, mas têm muitos mamíferos: tamanduá-bandeira e mirim, lobo-guará, cachorro do mato, onça parda – temos a arma de dardo, e a gente ajuda a fazer a captura desses animais’, explicou a veterinária à época.
Na maioria das vezes, os animais resgatados são vitimas de atropelamento em rodovias e chegam em sua clínica com traumas variados. Em casos mais graves, são colocadas até próteses de resina para restauração de bicos e pernas.
Animais submetidos a esses procedimentos se recuperam, contudo, não podem mais voltar à natureza, por isso são encaminhados para locais específicos. No caso das aves, seu destino é para a ONG Renascer, em Planura (MG).
Fonte: A Cidade ON