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Marca-passos oferecem esperança para cães enfermos

12 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Dispositivos médicos são frequentemente implantados para acelerar a diminuição da frequência cardíaca de cães provocada por doenças que, se não tratadas, reduzem drasticamente as suas vidas.

Guiedo, um cão de 12 anos, recebeu recentemente um marca-passo depois de ser diagnosticado portador de problemas de coração, uma condição na qual o sinal elétrico que faz com que o órgão se contraia e bombeia o sangue é bloqueado.

“Nem passou pela minha cabeça não fazer a cirurgia”, disse Maxine Mager, fundadora do santuário de animais Creative Acres Animal Sanctuary in Brighton, Colo., onde Guiedo e outros 400 companheiros, animais domésticos e selvagens vivem.

A condição de Guiedo o colocou em risco de morte súbita. Então, no dia depois do diagnóstico, Mager levou o cão idoso para um veterinário cardiologista, um dos 230 nos EUA e Canadá treinados para fazer esse tipo de cirurgia.

Os procedimentos são similares aos feitos em humanos. Sob anestesia, o marca-passo é colocado através da veia jugular até o lugar correto no coração. Uma incisão pequena, feita atrás do pescoço, permite a inserção do marca-passo sob a pele e conexão para os fios.

O procedimento requer que o paciente permaneça no hospital depois da operação.

Esse procedimento não é algo novo. A primeira cirurgia foi feita em 1967 e tem se tornado bastante comum na medicina veterinária, com centenas de animais de estimação recebendo o marca-passo a cada ano.

Cerca de 20 animais de estimação são operados e recebem marca-passo nas Univerisdades de Veterinária em hospitais de aprendizado. Alguns gatos fazem o procedimento, mas a maioria dos pacientes consiste em cães idosos, entre 6 e 10 anos de idade.

O marca-passo estende e melhora a vida de um cão por mais 3 a 5 anos, apesar de alguns pacientes viverem o dobro.

A maioria dos tutores detecta uma mudança bastante significativa em seus pets após a cirurgia.

“As vezes os tutores não acham que o cão esteja mostrando sinais clínicos da doença e, outras vezes em que ele esteja usando o marca-passo, o cão começa a correr como um filhote de novo”, diz Dr. Henry Green, um veterinário cardiologista e professor da Universidade Purdue, em West Lafayette, Ind.

Na universidade a cirurgia custa em torno de $2,000. Quando particular, o preço cresce para $3.000 a $4.000.

Os veterinários contam com marca-passos doados por usuários humanos.

“Não existem marca-passos desenvolvidos especialmente para animais, então temos que usar equipamentos humanos”, diz a veterinária cardiologista Kate Meurs, da Companion Animal Pacemarker Repository, na Universidade do Estado de Washigton, a qual distribui dispositivos doados para os hospitais veterinários por todo o mundo.

Novos equipamentos não são fabricados, porque são muito caros, segundo Meurs. Um novo marca-passo pode custar em torno de $5.000 a $10.000, de acordo com uma porta-voz da indústria de marca-passo.

Os marca-passos usados em Purdue vêm de vários lugares, incluindo uma funerária que remove dos corpos de cadáveres humanos. Mais ou menos 10% dos marca-passos que a clínica usa vêm de humanos.

Depois da cirugia em dezembro, Guiedo, está cheio de energia.

Como diretora de um Santuário onde não se matam os animais, Mager diz que ela não acredita em eutanásia para animais com condições de tratamento médico, não importa quão caro seja. De fato, alguns meses depois de receber o marca-passo, Guiedo fez uma cirurgia na pata.

Ela afirma ter gastado perto de $5.000 nas cirurgias de Guiedo e valeu cada centavo.

Mais informações: U.S. National Heart, Lung, and Blood Institute.

Com informações de Cão em quadrinhos

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