Cientistas da King Abdullah University of Science and Technology (KAUST), University of Essex e da Al-Azhar University acreditam que um trecho de cerca de mais de 1700 quilômetros pode se tornar um dos poucos – e um dos maiores refúgios – para corais.
Até 2040, 25 das 29 áreas de recifes considerados Patrimônio Mundial irão experimentar branqueamento duas vezes por década, o que “matará rapidamente a maioria dos corais presentes e impedirá a reprodução bem-sucedida necessária para a recuperação dos corais”, concluiu a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Nos últimos três anos, três quartos dos recifes do mundo sofreram um grande branqueamento. Como o Golfo de Aqaba está na margem Norte do Mar Vermelho, a temperatura da água da superfície é mais fria. Os corais que estão no Mar Vermelho são resistentes ao calor, mas as populações no Sul já próximas ao ponto de inflexão.
“O branqueamento geralmente ocorre a 1 ° C a mais do que a média de temperatura do verão”, diz Christian Transpero, um dos autores.
Nas águas do Norte do Golfo de Aqaba, o coral possui uma margem de temperatura de 5 °C.
De acordo com o Ecowatch, os cientistas compararam os padrões de sensibilidade ao calor dos corais no Mar Vermelho com dados de eventos de branqueamento de corais desde 1982. Isso permitiu a identificação de áreas menos suscetíveis ao estresse térmico.
A equipe verificou os históricos térmicos de Hurghada, Egito e Thuwal, na Arábia Saudita – cada um ao lado do Mar Vermelho – e seus padrões de branqueamento de corais. Além disso, analisam os efeitos do El Niño entre 2015 e 2016 sobre as áreas com corais e concluíram que o coral do Norte do Mar Vermelho era menos suscetível a aumentos na temperatura da água.
“Esta anomalia, que só é encontrada no Mar Vermelho, nos dá uma oportunidade de entrar em ação”, disse Voolstra.
Escondidos entre o Egito, a Jordânia, Israel e a Arábia Saudita, o coral também terá que lidar com ameaças locais, criadas pelo homem, como a poluição e o desenvolvimento da costa.