Entre 1996 e 2015, esta enorme e antiga fonte de água salgada – rodeada por cinco países e que estabelece uma fronteira natural entre a Europa e a Ásia – caiu a uma taxa de sete centímetros anuais, um total de 1,5 metros.
Agora o local está apenas a cerca de um metro acima do seu último período catastrófico ocorrido há 40 anos.
Durante a crise anterior, ativistas culparam os programas de irrigação e as barragens dos rios que diminuíram o fluxo para o mar, mas a causa desta vez é a evaporação.
Com os gases de efeito estufa, impulsionados pela combustão de combustíveis fósseis, o mar está secando devido ao aumento das temperaturas, informa o Climate News Network.
“Do nosso ponto de vista como geocientistas, é um local interessante, porque é possível construir uma espécie de orçamento para a quantidade total de água existente. O controle real que faz com que ele suba e desça por longos períodos de tempo é muito provavelmente a evaporação, que é quase completamente dominada pela temperatura”, aponta Clark Wilson, um geofísico da Jackson School of Geosciences da University of Texas, em Austin (EUA).
O Cáspio, o maior corpo de água do mundo, é considerado uma relíquia de um oceano muito mais antigo, de 300 milhões de anos atrás. Agora, o local é isolado e distante do oceano moderno.
É um trecho de água maior do que a Alemanha, um pouco menor do que o Japão e é o lar de uma variedade de espécies encontradas em nenhum outro lugar.