O trabalho de remoção também está complicado por causa da localização do animal, que está encalhado próximo à arrebentação das ondas, e de questões de logística para deslocar o barco rebocador. Polícia Ambiental, Projeto Baleia Franca (PBF) e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (IcmBio) negociam com várias empresas de navegação o envio de alguma embarcação apropriada para o resgate.
O Porto de Imbituba, distante cerca de 20 quilômetros do local onde a baleia está, conta com pelo menos duas embarcações ideais para esse trabalho, mas as ondas fortes inviabilizam a operação.
“Rebocadores como esses, de grande calado, precisam estar a uma distância de 500 metros da rebentação. É longe demais. Isso significa que precisamos de cordas e cintas com um comprimento ainda maior”, explica a diretora de pesquisa do PBF, Karina Groch.
Barcos menores também não conseguiriam realizar a operação de remoção com o resultado desejado. As ondas poderiam virar a embarcação e, mesmo se o mar estivesse calmo, não seria fácil deslocar com segurança o animal com cerca de 30 toneladas e cerca de 10 metros.
De acordo com Karina Groch, o fato de o animal não ter reagido às variações de maré indica que ele está muito doente. Se o estado de saúde piorar, os especialistas admitem a possibilidade de sacrificar o animal.
Como medida de segurança, a Policia Ambiental isolou a área para evitar uma possível contaminação e acidentes com os curiosos que estão no local. Como o cetáceo está bastante debilitado, ele pode reagir em defesa própria.
Fonte: Zero Hora