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Manter alimentação adequada para animais é fundamental na quarentena

5 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay/Ella_87/Imagem Ilustrativa

Durante a quarentena, tutores podem acabar oferecendo pedaços de tudo que estão comendo aos animais – que, com suas carinhas fofas, conquistam uma migalha aqui, outra ali. Isso, no entanto, pode prejudicar a saúde dos animais.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, o veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet fez alertas sobre o assunto.

“O ideal é que o tutor não fique no mesmo ambiente que o animal enquanto se alimenta. Caso isso não seja possível, deve ser evitado o oferecimento de petiscos que não sejam próprios para eles. O excesso pode levá-los à obesidade. Além disso, um outro agravante é o fato de que, muitas das vezes, nossos alimentos são cozidos com temperos que também são tóxicos para os animais, como cebola e alho”, disse Flavio Silva.

Pode-se oferecer ração mais vezes ao dia ao animal, mas de maneira fracionada, mantendo a quantidade diária correta, já oferecida antes da quarentena. “Se o recomendado é o que o animal coma 100g de alimento, por exemplo, você pode dividir essas 100g em duas, três, quatro ou até dez vezes ao dia, mas sempre mantendo a quantidade indicada”, explicou.

Não é necessário se preocupar em fazer o animal passar vontade, segundo Shelly Oliveira, veterinária especialista em nutrição de cães e gatos. Ao jornal, ela explicou que é preciso estar atento a alimentos tóxicos e perigosos e tomar cuidado para não causar gastroenterite (inflamação no aparelho digestivo) no animal. Alguns dos sintomas da doença são vômito e diarreia.

“A gente acaba transpondo a nossa vontade para os animais e cede aos mimos. Quer dar petiscos, indico os naturais, segundo plano alimentar”, disse. Animais adultos devem comer duas vezes ao dia e filhotes com até seis meses quatro vezes no máximo, segundo ela.

“E não precisa se preocupar se o animal come uma vez só. É natural. Pela domesticação, os acostumamos a comer mais pensando no nosso café, almoço e jantar. Mas, na natureza, eles, às vezes, nem comeriam todo dia”, afirmou.

Se o tutor tiver alterado inadequadamente a alimentação do animal, a solução é voltar ao normal aos poucos. Se o animal passa mal a comer grandes quantidades, é necessário fracionar. Outros vomitam se ficam em jejum prolongado.

No caso dos gatos, a disciplina deve ser maior. Shelly explicou que a espécie tem hábito petisqueiro. “Se há comida o dia todo, eles ficam obesos”, concluiu.


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