EnglishEspañolPortuguês

Manifesto em favor dos Direitos Animais

11 de outubro de 2013
3 min. de leitura
A-
A+

Ana Maria Ribas Bernardelli
[email protected]

São tantas as barbaridades cometidas contra os animais, e são tantas as pessoas que apelam por eles! Há uma linha divisória muito nítida entre torturadores e defensores. Cada pessoa que agride um animal não inflige sofrimento apenas ao animal, mas a todos os seres sensíveis que amam os animais. A situação é séria e os apelos que são feitos aqui, exalam a dor e o sofrimento de quem apela por eles.

Em princípio, tudo aquilo que choca e produz uma violenta dor moral deveria ser normatizado como crime contra a sociedade. Por que temos que sofrer pela crueldade de pessoas sem escrúpulos? Por que os animais tem de suportar a tortura que lhes é imposta por uma parcela da sociedade?

A resposta está na Constituição Brasileira e nos Códigos Civis e Penais. As leis precisam ser revistas e aplicadas com muito mais rigor. Precisamos de políticos e legisladores mais conscientes, e não de políticos e legisladores omissos ao bem estar animal. Senão por respeito aos animais, mas por respeito a uma parcela da população que se importa e sofre com eles. Do jeito que está, não dá mais para suportar.

Devemos nos mobilizar por leis mais rígidas, e pela criação de Delegacias de Proteção aos Animais, às quais possamos recorrer sempre que um cidadão infringir a lei. A tolerância com esses indivíduos que causam dor a uma parcela da sociedade- nela incluindo os animais – precisa ser zerada. Uma revisão ética deve começar pela conduta dos protetores. Toda ação benfazeja não deveria ser alvo de admiração ou de reconhecimento por parte dos protetores. Esse paternalismo mina qualquer pressuposto de direito animal. O homem não deve merecer elogios porque trata bem um animal. É parte da sua humanidade tratar e cuidar dos animais, e quando ele o faz, está fazendo algo que combina com a sua humanidade. E todo homem que maltrata um animal, deve receber repúdio imediato. Essa simples normatização de conduta sinalizaria que eles são a exceção, e que nós somos a regra.

Tenho visto protetores de animais agradecendo de maneira exagerada à doação de um saco de ração. Essa forma de gratidão passa uma mensagem subliminar de que só algumas pessoas têm obrigação de proteger e de cuidar, quando, na realidade, se todos usassem de sua humanidade não haveria a luta solitária de tantos protetores. O homem que ajuda um animal está apenas e tão somente exercendo a sua humanidade. Não faz mais do que a sua obrigação. E o que não o faz, sobrecarrega o que faz. Apenas isso. Essa luta solitária, esse combate cruento, precisa obter adeptos nas classes políticas porque são os legisladores quem podem propor e mudar as leis. Uma lei Áurea para os animais, seria uma lei Áurea para todos nós que sofremos a dor dos animais.

Pedindo a atenção das autoridades constituídas para o empenho na criação de Delegacias de Proteção aos Animais e às Associações de Proteção Animal, espalhadas pelo Brasil, para que se mobilizem por esta causa.

Você viu?

Ir para o topo