Por Fátima ChuEcco
No próximo sábado, dia 22 de outubro, haverá uma manifestação no Masp, Av Paulista (SP), a partir das 11h contra as vaquejadas. Veja a página do evento no Facebook.
Essa prática cruel defendida como “esporte e cultura” por quem aprecia assistir animal indefeso sendo torturado nas arenas, foi a polêmica da semana. O PLC – Projeto de Lei da Câmara – nº 24 de 2016, de autoria do deputado Capitão Augusto, pretende transformar a vaquejada em “condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial”.
A votação prevista para o dia 18 último na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado foi adiada, mas pode ser retomada nos próximos dias. Por isso é tão importante as manifestações de rua, pelas redes sociais com as hashtags #vaquejadanao e #crueldadenaoecultura, dentre muitas outras que foram criadas, e também escrever aos senadores (cuja lista de e-mails se encontra ao final desta matéria).
Um esforço conjunto pode evitar o pior, ou seja, que a vaquejada se torne patrimônio cultural ou atividade desportiva formal. É muito nítido o pânico e sofrimento do animal submetido à vaquejada. Puxado pelo rabo enquanto corre em desespero, cai de cabeça, de costas e é inegável uma condição de maus-tratos.
Grupos favoráveis à vaquejada alegam geração de empregos, renda para as cidades onde os rodeios são realizados e preservação de uma cultura que beira os 100 anos de existência. Mas com ficam as questões de moral e ética? É justo gerar emprego e renda com sofrimento de criaturas indefesas? Esses grandes eventos já atraem muita gente, geram emprego e renda graças aos shows musicais. Por que insistir em crueldade contra os animais? Qualquer criança pode perceber que as quedas dos animais os machucam seriamente. Uma mera observação da vaquejada já deixa muito claro o horror ao qual o animal é exposto.
Na vaquejada não há uma gota sequer de espírito esportivo. E se for tratada como “cultura”, só pode ser encarada como “cultura do sadismo”, pois, se divertir com o sofrimento alheio é puro sadismo. Cabe agora à população mais esclarecida sensibilizar os políticos. O deputado estadual Feliciano Filho, no dia 18, por exemplo, protocolou moção de repúdio à aprovação do PLC 24/2016, dirigida aos senadores e presidente da República. Outros políticos podem ser incentivados a também rejeitarem a ideia de uma brutalidade como a vaquejada se tornar patrimônio cultural ou esporte. Escreva para os senadores da Comissão que estão apreciando o
PLC 24/2016:
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Fátima ChuEcco é jornalista ambientalista e ativista da causa animal