A equipe de aves do programa de monitoramento de praia da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), diante do convênio Mar, reabilitou mais um animal, fazendo a sua liberação na natureza nesta quarta-feira, 30. Ao ser encontrada debilitada na praia de Pirambu (SE) no último dia 14, a ave foi resgatada e encaminhada ao centro de reabilitação para receber todos cuidados necessários. O animal foi identificado como pertencente à espécie Stercorarius maccormicki, popularmente conhecida como mandrião-do-sul ou gaivota rapineira.
De acordo com o médico veterinário da FMA, Saulo Daniel França, a ave apresentava sinais de anemia grave. “Depois de diagnosticada, o tratamento clínico deu início e no último dia 26 saiu o resultado final dos exames, ficando constatada a normalização dos índices”, informa, reforçando que antes de realizar a soltura do animal no habitat, os dados são criteriosamente analisados. Com esta confirmação, o animal foi anilhado pelo ornitólogo marinho e coordenador científico da FMA, Bruno de Almeida, que liderou as atividades da equipe pertinentes para que pudesse, em seguida, fazer sua liberação na natureza.
As atividades de reabilitação da ave envolveram etapa fisioterapêutica na praia, estimulando as ações de mergulho e treino de voo, com o intuito de avaliação comportamental e recuperação de tônus muscular. Segundo o médico veterinário Saulo Daniel, estas práticas favorecem o retorno do animal ao seu ambiente natural, nesse caso, o mar – onde a ave alça voo e define sua rota migratória.
O mandrião-do-sul ou gaivota rapineira mede de 55 a 59 centímetros, tem uma envergadura de 132 centímetros e seu peso médio é de 1,45 kg. Alimenta-se, principalmente, de peixes, em sua reprodução na Patagônia, geralmente colocando dois ovos em novembro e dezembro. No inverno, o mandrião-do-sul alcança os oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
O convênio Mar foi criado em janeiro de 2014 entre o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e a FMA ao firmar parceria, prospectando seus valores e ideais em prol do desenvolvimento tecnológico aliado à conservação do meio ambiente no Brasil. Portanto, todas as atividades em conjunto, que relacionem as duas instituições (ITP e FMA), passam a ter caráter único: o de fomento à pesquisa científica. A intenção é colaborar cada vez mais com soluções inovadoras, que sejam de interesse comum e impulsionem a sustentabilidade pelo mundo.
Fonte: Infonet