Técnicos da equipe de emergência do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão sobrevoando a Região dos Lagos, de Saquarema a Búzios (RJ), para identificar a dimensão do vazamento de óleo que atingiu várias praias neste domingo. Segundo o presidente do Inea, Luiz Firmino, a situação é preocupante:
“Depois do voo teremos a real dimensão do problema, em terra e no mar. Há a possibilidade, inclusive, de usarmos boias de contenção nas áreas mais sensíveis”, disse Firmino.
As borras de óleo chegaram, na manhã desta segunda-feira, na areia da Praia de José Gonçalves, em Búzios. O prefeito da cidade, Mirinho Braga, está indo para o local acompanhar o trabalho dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele também está tentando acionar o Instituto Estadual do Ambiente para cobrar providências:
“Através de análises, é possível identificar a origem do óleo. O mais provável é que a poluição tenha sido causada por navios que lavam seus cascos no nosso litoral. De qualquer forma, é necessário que os responsáveis sejam punidos exemplarmente porque o crime ambiental causa um prejuízo enorme à nossa região, que vive do turismo”, defendeu o prefeito.
Equipes da Petrobras chegaram há pouco na Praia do Forte, em Cabo Frio. Há vestígios da poluição ambiental também nas praias do Foguete, em Cabo Frio, e na Prainha, em Arraial do Cabo. O chefe de operações da Guarda Marítima e Ambiental de Cabo Frio (GMACF), Daniel Gomes, acionou equipes da GHMACF para fazer uma vistoria em todas as praias para tentar identificar a origem da poluição.
“O que chegou às praias é um óleo pesado, em forma de borra, uma massa muito compacta. As análises ainda não permitiram identificar os responsáveis pelo crime ambiental”, disse Gomes, acrescentando que a Capitania dos Portos de Cabo Frio também está participando da operação.
Com informações de O Globo