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Manaus (AM) sedia evento para desmistificar imagem violenta dos pit bulls

9 de junho de 2015
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Clube do Pit Bull em Manaus existe há um ano. Foto: Reprodução
Clube do Pit Bull em Manaus existe há um ano.
Foto: Reprodução

Mais de 300 pessoas, entre curiosos, tratadores e tutores de cães, devem comparecer ao 1º Encontro Nacional de Pit Bull, previsto para acontecer no dia 21 de junho, às 16h, na Ponta Negra, zona oeste de Manaus. Cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Rio Branco, Florianópolis, entre outras, já confirmaram a realização do evento. Ao todo, 26 cidades, de todas as zonas do Brasil, sediarão o encontro.
De acordo com a presidente do Clube do Pit Bull Manaus, Andrea Guedes, de 34 anos, o evento nasceu da necessidade desmistificar o lado violento da raça. “O evento será uma manifestação nacional pacífica. É um ato com o intuito de alertar para que o verdadeiro culpado seja penalizado: o tutor. Queremos a igualdade e que o pit bull possa ser visto apenas como um cachorro, e não como um monstro”, afirmou ela.
Segundo Andrea, o evento será gratuito e aberto ao público. “O convite, inclusive, se estende para aqueles que não tutelem um Pit Bull e, até mesmo, para aqueles que não possuem um cão doméstico, mas que os amam, assim como nós”, disse a presidente, ressaltando que o encontro contará com uma manifestação e panfletagem, além de cães modelos ganhadores de prêmios para quem quiser tirar foto.
“A idealização do encontro, que partiu da necessidade de elucidar a situação da raça em todo país, é composta por pessoas interessadas em mostrar o quanto nossos animais e seus tutores sofrem com o preconceito com a raça, desinformação e mitos”, comentou ela.
Luta contra o preconceito e auxílio aos novos tutores
Existente há um ano, o clube do Pit Bull, segundo a presidente, tem como objetivo lutar contra o preconceito que gira em torno da raça e, ainda, auxiliar os novos tutores desses animais, os avanços alcançados já podem ser sentidos. “Há um ano, logo quando começamos, não conseguíamos realizar nossos encontros em nenhum espaço público. Quando as pessoas ficavam sabendo que era um encontro de criadores de Pit Bull eles nos vetavam. Hoje em dia já realizamos nossos encontros sem maiores problemas”, lembrou ela.
Ainda sobre as mudanças no pensamento da população a respeito da raça, Andrea brincou que a dificuldade hoje em dia é outra. “Agora não conseguimos mais andar em locais públicos porque ninguém resiste ao charme dos Pits. Quando passeio com a minha, na Ponta Negra, de cinco em cinco minutos, alguém para pedindo para tirar uma foto”, contou Andrea, tutora de Belatrix, uma Pit Bull branca de dois anos.
Quando questionada sobre o motivo da raça ter tamanha fama, Andrea explicou: “A culpa é de quem segura a coleira, ou seja, do tutor. Obviamente que não se pode negar que é uma raça forte, atlética, logo, caso um Pit seja mal criado, as chances de ele oferecer perigo são maiores do que a de um Poodle mal criado. Mas qualquer raça criada com disciplina, amor e exercício se torna inofensiva”.
Por fim, Andrea citou como exemplo os dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, responsável pelo controle de animais domésticos na capital. “Neste ano, dos 645 cães detidos após ataques, 77 eram pit bulls, 100 de outras raças e o restante de SRD, ou seja, o pit bull equivale apenas a 11% dos ataques. Ficar solto na rua tem sido o destino de muitos pit bulls. De acordo com levantamento do CCZ, o número de cães desta raça abandonados cresceu 95 % entre 2006 e 2007. Se comparados apenas os dados dos anos de 2005 e 2007, o aumento foi de 243%”, concluiu ela.
Fonte: D 24 AM

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