Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Uma nova pesquisa da TRAFFIC revelou que a Malásia é o principal país do mundo na rota do tráfico de toneladas de marfim de elefantes e serve como porta de entrada para o contrabando principalmente em regiões entre a África e a Ásia.
Entre janeiro de 2003 e maio de 2014, os registros de apreensão de marfim ligaram a Malásia a 66 pontos em todo o mundo e a um total de 63 419 kg.
Apenas 19 das apreensões foram feitas na Malásia. As outras 47 ocorreram fora do país, principalmente após passarem despercebidas pelos portos malaios.
“O volume de marfim que passa por meio dos portos da Malásia sinaliza uma preocupação com o país a nível global. A rigidez com os traficantes envolvidos no contrabando das presas de elefantes para a Ásia deve ser uma prioridade para as agências nacionais”, declarou Kanitha Krishnasamy, da TRAFFIC.
As 63 toneladas de marfim foram encontradas em 26 operações. Grandes carregamentos e apreensões, com peso de mais de 500 kg , apontam para o envolvimento potencial de redes criminosas organizadas.
A pesquisa “Malaysia’s invisible ivory channel: An assessment of ivory seizures involving Malaysia” mostra que o tráfico de marfim no país envolveram importação, exportação e reexportação de marfim de pelo menos 23 países e territórios em todo o mundo.
Mais de 30% das presas eram originárias do Quênia, Tanzânia e Uganda, os três principais pontos de saída na África para este terrível comércio. A Malásia também foi relacionada ao Quênia e à Uganda no tráfico de 23 chifres de rinoceronte, entre agosto de 2010 e dezembro de 2013.
Segundo a TRAFFIC, a Malásia deve implementar um Plano Nacional de Ação Contra o Marfim (NIAP) urgentemente para combater esta indústria cruel que mata inúmeros elefantes.