Um total de 161 peixes ornamentais da espécie ameaçada de extinção ‘Cascudo Zebra’, que seriam contrabandeados para a Colômbia, foi apreendido no final da tarde desta quarta-feira (23), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Os peixes estavam divididos em sacos plásticos dentro de uma mala.
Fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicaram multa de R$ 8,2 mil ao infrator, que foi encaminhado à Polícia Federal.
O superintendente substituto do Ibama no Amazonas, Geandro Guerreiro Pantoja, informou que o órgão sabe da existência de uma rota de tráfico de peixe para uso ornamental, e por isso há um trabalho de fiscalização permanente no terminal de passageiros e de cargas do aeroporto. Os peixes renderiam aproximadamente R$ 2,5 mil no exterior.
“Geralmente eles são capturados no Rio Xingu, passam por Altamira (PA), depois vão para Tabatinga e enviados para a Colômbia. Nesse caso, fizemos um trabalho de inteligência, onde identificamos os voos e descobrimos o contrabando. Se o infrator for réu primário, provavelmente ele responderá pelo crime em liberdade”, explicou o superintendente.
O Cascudo Zebra é encontrado em locais rasos em fendas e cavidades nas pedras submersas do Rio Xingu e a espécie pode atingir até 8 centímetros de comprimento.
Além da captura para o mercado internacional, outros fatores de ameaça de extinção são o desmatamento e o garimpo.
Pantoja ressaltou que só no período da Copa do Mundo, o Ibama realizou três apreensões de peixes ornamentais, que totalizaram 3.380 unidades do produto, de grande apelo comercial no exterior. No ano, o órgão apreendeu cerca de 4 mil unidades de peixes com esse fim.
O titular da Delegacia Especializada em Segurança Privada (Delesp) da Polícia Federal (PF), Marcelo Dias, informou que todo o trabalho de fiscalização e apreensão foi feito pelo Ibama, mas como se trata de um crime federal, o infrator precisou ser encaminhado para a PF, onde ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado em seguida.
Os peixes foram levados para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Fonte: D 24 AM