O caso, que foi denunciado em abril pelo Ministério Público, é julgado pela Justiça Militar
Um major e um capitão do 15º Batalhão da Polícia Militar (15º BPM) de Canoas (RS) se tornaram réus em um processo que investiga a morte de uma ave e um cágado. Os militares teriam atirado nos animais em uma área interna do batalhão em 2017.
O caso é julgado pela Justiça Militar. O advogado do major pediu, na última semana, para que o processo fosse anulado, mas o Ministério Público negou. A petição, que ainda não foi julgada, aguarda definição de data junto ao Conselho Especial de Justiça.
O Ministério Público denunciou o caso em abril e a denúncia foi acolhida pela 2ª Auditoria Militar de Porto Alegre em maio. O processo está na fase de instrução, quando as testemunhas são ouvidas. As informações são do G1.
O tenente-coronel Cilon Freitas da Silva explicou que um Inquérito Policial Militar concluiu que as técnicas militares foram transgredidas no caso do major, mas não do capitão.
A Brigada Militar aguarda o resultado do processo. Na denúncia, consta a informação de que os animais estavam perto de um açude, dentro do batalhão, quando foram mortos. Após ser baleado, o pássaro teria sido pendurado em uma árvore.
Os militares não foram afastados de seus cargos. Atualmente, segundo o tenente-coronel Cilon, o capitão é comandante do policiamento da BM em Taquari, no Vale do Taquari e o major se tornou tenente-coronel e trabalha na Casa Militar como assessor pessoal do vice-governador e secretário de Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior.