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EXPLORADO ATÉ A MORTE

Mais um cavalo morre em uma corrida na Califórnia (EUA)

O veterinário que cuidou do caso afirmou que o cavalo provavelmente fraturou o pescoço e morreu na pista; essa é a 44ª fatalidade no estado apenas esse ano

9 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Thomas Hawk / Flickr / Creative Commons

Uma ONG informou que um cavalo de corrida, chamado Toppers Wager, morreu na pista imediatamente após uma colisão com outro cavalo.

Larry Swartzlander, diretor executivo da Autoridade de Feiras de Corridas da Califórnia, nos Estados Unidos, afirmou que Toppers Wager se aproximou do cavalo Goodbye Kai e tropeçou. Ele acrescentou que conversou com o veterinário estadual que afirmou que o cavalo provavelmente fraturou o pescoço e morreu na pista antes que o veterinário presente pudesse fazer qualquer coisa.

A Kill Racing Not Horses afirmou que a morte de Toppers Wager é a 44ª fatalidade de cavalo relatada nas pistas de corrida da Califórnia em 2024. Também é a quarta morte de cavalo nas corridas de cavalo da Feira do Condado de Alameda deste ano, no Hipódromo de Pleasanton.

“Não há esporte legítimo que toleraria a morte de 44 de seus atletas em 26 semanas de competição em apenas um estado (Califórnia), muito menos quatro mortes de seus atletas em quatro semanas de competição em apenas um local (Hipódromo de Pleasanton/Feira do Condado de Alameda),” disse a ONG.

No início desta primavera, o Golden Gate Fields, um dos maiores hipódromos da região, fechou para corridas de cavalos após 83 anos. O fechamento ocorreu em meio a protestos após a morte de 17 cavalos na pista no ano passado.

Mais de mil cavalos morreram apenas nas pistas de corrida da Califórnia desde 1993, segundo a Comissão de Corridas de Cavalos da Califórnia.

Nota da Redação: cavalos explorados em provas de hipismo são submetidos a condições que superam os seus limites físicos. Muitos deles são obrigados a competir desde os dois anos de idade, quando os sistemas ósseo e muscular do animal ainda não está completamente formados. Lesões, fraturas e dores, que logo se tornam crônicas, são comuns.

Pressionados por seus adestradores e pelas altas quantias de dinheiro envolvidas, esses animais são obrigados a participar de treinamentos longos e exaustivos que têm como única função prepará-los para torneios, para que todo o investimento financeiro gere lucro. Cavalos e éguas que participam de provas de equitação não são atletas, são escravos.

O hipismo não é diferente de nenhuma outra indústria que abusa, maltrata e explora animais. O glamour das competição de equitação é apenas uma alienação elitizada que não encontra mais espaço na sociedade contemporânea e precisa ser descontruído, combatido e proibido. Infelizmente, provas disso não faltam.

Qualquer prática que se considere esportiva precisa estar relacionada com o desenvolvimento, a superação e a evolução do ser humano. Nenhuma atividade que cause dor, sofrimento e escravize seres indefesos deve ser classificada como esporte pela sociedade. Que a morte desse cavalo se torne um símbolo e estimule a proibição do hipismo.

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