Por Fernanda Franco (da Redação)
Em função da grande mobilização das protetoras de animais com relação à matança de gatos no Cemitério do Araçá, em SP, que vem sendo denunciada há três meses, foram prometidas medidas para coibir esse ato criminoso. Algumas estão sendo cumpridas, outras nem tanto.
O CCZ de SP iniciou no mês de julho um censo para contabilizar a população de gatos que vivem no cemitério. Até agora, foi feito o levantamento de metade da área do cemitério, e a contagem já registrou 99 gatos. Em uma campanha anterior realizada para castração de animais, o CCZ havia registrado um total 287 felinos.
Ainda no caminho das medidas a serem adotadas, conforme noticiado na ANDA, durante reunião realizada com algumas autoridades no mês de junho, o Serviço Funerário comprometeu-se em oferecer reforços à vigilância no cemitério. No entanto, as protetoras relatam que as rondas no local são insuficientes e ineficientes. Rosely Cometti, protetora de gatos há 6 anos, reforça a necessidade de uma vigilância noturna intensiva: “os assassinos precisam ser pegos no flagrante, é preciso colocar câmeras, aumentar a circulação dos vigias no local”.
“Mais gatos estão desaparecendo do lado do velório”, denuncia a protetora. “Os gatos que normalmente aparecem para se alimentar têm se mostrado novamente muito amedrontados e assustados com qualquer aproximação, o que não é normal. Isso é sinal de que algum terrorismo está sendo feito ali”, afirma Rosely.
Recentemente, mais três animais foram encontrados mortos no cemitério e encaminhados para exame toxicológico na USP, para avaliação da causa das mortes. O laudo deve ficar pronto nesta semana. O resultado do exame é importante para que sejam definidas e adotadas medidas preventivas, evitando novas vítimas.
“Tenho encontrado muitas pessoas interessadas em ajudar”, diz a protetora Rosely, “mas enquanto não houver vigias à noite, os assassinos vão continuar até o último gatinho”.
Nota da Redação: As ações devem caminhar em conjunto para que finalmente o mistério que ameaça a vida desses animais seja desvendado e não haja novas vítimas desse provável ato criminoso. A realização de um censo populacional é tão importante quanto a existência de uma vigilância permanente no local. As protetoras estão empenhadas em proteger os animais e colabarar com as ações necessárias; o CCZ está cumprindo com seu papel fazendo a contagem dos animais; no entanto, a administração do cemitério não parece dar a devida importância ao caso. Espera-se que o Serviço Funerário, junto à administração do cemitério, execute imediatamente o que foi prometido, pois a matança dos gatos não cessará enquanto não houver forças suficientes no local para coibir o crime e identificar o criminoso. Passam a ser responsáveis e coniventes pela morte desses animais todos que se omitirem em seu dever: prevaricação é crime também previsto pela lei.