Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Um novo estudo da Universidade Estadual do Kansas provou que os americanos estão se convertendo ao veganismo graças à exposição da indústria da carne pela mídia. E não, eles não estão sofrendo lavagem cerebral nem influências malignas, estão apenas conhecendo como a comida chegou aos seus pratos e, convenhamos, é meio difícil engolir a realidade.
Glynn Tonsor, que ensina economia agrícola e mercado de animais na universidade do Estado do Kansas, e Nicole Olynk, que ensina economia agrícola na Universidade Purdue, conduziram o estudo. Eles fizeram uma pesquisa extensa, que retomava desde 1980, da cobertura da mídia a respeito da produção de carne, e compararam com coberturas da indústria leiteira ou de ovos.
O que eles encontraram foi um tanto inesperado. Primeiro, a importância da mídia em relação à produção de carne decolou ao longo dos anos. Agências de notícias são, em geral, empreendimentos lucrativos, e isso significa dar ao público o que ele quer. Então, pode-se interpretar o aumento no número de matérias sobre indústria da carne como aumento da consciência do consumidor.
E, se esse for o caso, os consumidores não gostam do que estão descobrindo. Essa foi a segunda descoberta de Tonsor e Olynk. Eles puderam fixar números concretos do efeito da cobertura da mídia no consumo de carne, e, seguindo a lógica deles, as investigações apontam para uma queda de 2,65% no consumo de porcos mortos e de 5,01% de ovos.
Isso leva à terceira descoberta do estudo. Os efeitos diretos da cobertura da mídia parecem estar ligados diretamente ao consumo de porcos e ovos. Existe, entretanto, um efeito indireto. Falando de forma geral, quando um consumidor decide não comprar, digamos, porco, ele não dá esse dinheiro a outra indústria cruel. Então, de certa forma, mostrar a realidade na mídia afeta todo o comércio de carne.
Com informações de Animals Change