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Mais de vinte animais são abandonados diariamente na Espanha

18 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)

Durante o primeiro trimestre do ano, 2.215 animais foram abandonados, ou seja, 24 por dia, segundo dados do Centro de Acolhida de Animais Abandonados da Comunidade, em Madri, na Espanha. Cães e gatos, grandes companheiros do ser humano, são jogados na rua pelo mesmo tutor que os acolheu.

Segundo o Jornal 20 Minutos, estes 2.215 animais representam 12% a mais que os abandonados no mesmo período de 2009, que somou 1.971 animais, ou seja, 22 por dia. Ao passo que o número de adoções não subiu; de 1.400 no ano passado a 1.469 neste ano. A principal razão deste aumento é a crise econômica, que faz com que as famílias tenham menos dinheiro para cuidar de seus animais de estimação, “ainda que os únicos culpados sejam os tutores”, ressalta a Sociedade Protetora de Animais e Plantas de Madri (SPAP). “Também notamos que há cada vez menos dinheiro para levá-los ao veterinário, para cirurgias e tratamentos”, segundo o porta-voz.

Gatos que vivem na rua

Além disso, a cifra de animais abandonados poderia ser ainda maior, já que os animais acolhidos da rua são, em maioria, cães. Os gatos são mais difíceis de serem acolhidos, mas, apesar de se adaptarem melhor à vida nas ruas, pouquíssimos conseguem sobreviver mais do que umas poucas semanas. A maioria acaba atropelada ou morrendo de fome.

O perfil do “abandonador de animais”, segundo o governo regional, é de sexo masculino, espanhol, maior de idade que geralmente vive com o animal que abandona. As circunstâncias que favorecem o abandono são a diminuição dos salários e a mudança de emprego ou domicílio.

Os cães abandonados são, em sua maioria, machos jovens e mestiços, de porte médio. Pode-se observar, ainda, que o número de abandonos sobe durante a primavera, quando há o feriado da Semana Santa, como consequência do “presente caprichoso” do Natal (quando os pais dão animais de presente aos filhos sem ter a consciência da responsabilidade que isso acarreta), época em que mais se contabilizam abandonos.

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