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MÃE E FILHA

Mais de uma década de companheirismo: conheça a história da cadela Kika com a tutora Margot

15 de julho de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Alan Souza/arquivo pessoal

A aparência debilitada da cadela Kika, é reflexo de uma história de vida que começou há 19 anos. Com quase duas décadas de existência, ela é considerada uma idosa. Sua idade equivale a de um adulto de mais de 100 anos.

Kika foi adotada aos seis, e hoje, 13 anos depois, mesmo com suas limitações, permanece firme em sua missão: cuidar da tutora Margot, de 63 anos, deficiente visual.

“Meus pastores precisavam mudar lá do bairro Capim, então tinham que desfazer de muita coisa e a pastora tem problema respiratório. Então para quem ia dar a Kikinha? Porque lá no Capim ela ficava mais solta, mas do lado de fora. Foi aí que eles pensaram em mim e me deram ela. Passei a ter a companhia dela. Kika veio para mim, ela já tinha 6 anos”; explicou Margot.

A relação das duas é praticamente de mãe e filha. A roupinha sob medida, os cuidados se estendem na hora da alimentação. Margot faz questão de comprar os melhores produtos pra alimentar a cadela. Uma parceria com um significado que vai além da companhia.

“Kika é minha companheira, minha amiga, meu tudo. Tirando o senhor Deus, ela é meu tudo. Não tem sentido sem Kikinha. Não tem preço! Uma filha”; disse.

Mesmo sem nunca ter sido treinada, no dia a dia, Kika auxilia Margot até mesmo em passeios por Governador Valadares. Nos últimos dias isso não tem acontecido, pois a cadela passou por uma cirurgia recente, um dos vários procedimentos necessários pra garantir qualidade de vida. O médico veterinário Vinícius Tolentino que faz os atendimentos da Kika, considera que ela está viva por um milagre.

“A gente tem a aqui na clínica a Kikinha como um milagre. Acompanho ela desde quando ela tinha 6 anos. Mas a um mês e meio atrás ela passou por uma emergência, devido aos problemas de saúde por conta da idade, onde ela precisou ir pro bloco cirúrgico e até conversamos com a Margot informando que talvez ela não sobreviveria, mas a tutora não quis desistir e quando ela saiu do bloco cirúrgico, impressionou todos nós”; contou o médico veterinário.

A rotina das duas é sempre ir no veterinário, Margot leva Kika duas vezes ao dia no médico para trocar curativos, examinar. Mas para muitos pode ser um peso nas costas, para a tutora, é amor. “Eu sou mãe, faço tudo com muito amor, a Kika é minha vida”; disse.

Mesmo em meio às dificuldades, Margot espera que a relação entre as duas ainda dure por muito tempo.

“Eu acredito, ela vai ter uma recuperação boa e logo logo, vai estar melhor”; finalizou.

Fonte: G1

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