Mais de sete mil bois morreram em fazendas pecuaristas em Roraima por falta de alimentos devido à combinação da estiagem prolongada, incêndios florestais e outros animais, normalmente insetos, que se alimentam da mesma vegetação.
A grave seca prolongada e incêndios florestais que estão assolando o Norte do Brasil diminuiu muito o espaço de pasto. Isso somado à proliferação de espécies como a lagarta militar e o percevejo-das-gramíneas, que também se alimentam dessa vegetação, está reduzindo muito os alimentos dos bois de criação.
Além disso, outra hipótese levantada, mas que ainda precisa de estudos para comprovação, é que a seca e os incêndios florestais diminuíram a proporção dos predadores naturais destas lagartas e percevejos, como outros insetos, sapos, rãs, morcegos, passarinhos e libélulas, que não se reproduziram na mesma velocidade.
Por fim, seca prolongada também fragilizou a própria pastagem que não cresceu forte e nutrida o suficiente.
Quando esses bois não são criados para serem mortos pela indústria da carne, eles podem ter uma alimentação mais variada e natural. Se não fosse pela pecuária, não estariam passando por isso.
Nota da Redação: A pecuária envolve a criação e abate de animais para a produção de carne, leite e outros produtos, resultando em condições de vida cruéis e degradantes para os animais. Estes seres sencientes são tratados como meros recursos, submetidos a confinamento extremo e procedimentos dolorosos, causando grande sofrimento.
Além das questões éticas, a pecuária contribui significativamente para problemas ambientais globais, como desmatamento, degradação do solo e emissão de gases de efeito estufa, prejudicando o equilíbrio ecológico e colocando em risco inúmeras espécies e a biodiversidade. A seca prolongada e os incêndios florestais são agravados pela expansão desenfreada das pastagens, aumentando a competição por recursos entre os animais de criação para a indústria da carne e a fauna selvagem.
É urgente que a sociedade reavalie suas escolhas alimentares, considerando alternativas mais éticas e sustentáveis, como o veganismo. Políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável e a proteção dos direitos animais são essenciais para um futuro mais justo e compassivo.