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Mais de mil macacos foram retirados das Ilhas Maurício para serem usados como cobaias

29 de junho de 2013
2 min. de leitura
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Por Maria Angélica São Pedro (da Redação)

As Ilhas Mauricio são o segundo exportador mundial de macacos, depois da China. (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação

A Espanha importa regularmente macacos de cauda longa, denominados “catarrinos”, das Ilhas Maurício. Na verdade, é o terceiro país exportador destes animais, ficando atrás dos Estados Unidos e Canadá, segundo dados do Ministério da Agricultura do país africano. No primeiro semestre de 2013 foi enviado um total de 1.461 macacos a estes três países, assim como a Alemanha, França e Reino Unido. Em concreto, 216 macacos chegaram a Espanha. As Ilhas Maurício são, depois da China, o segundo maior exportador de macacos destinados a experimentos. “Este cruel comércio contrasta com a imagem de destino paradisíaco que se quer dar a esta ilha” comentou a Asociación para la Defensa de los Derechos del Animal (ADDA), da Espanha. As informações são do La Razón.

Foto: Divulgação
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“NON a Air France”

Segundo relata a própria ONG, os macacos são, em ocasiões, capturados na natureza e separados de seus grupos familiares, com o objetivo de serem embarcados. Depois viajam em pequenas jaulas de madeira nos porões de aviões comerciais da companhia francesa Air France” denunciou Neus Aragonés, porta-voz da ADDA. Seu principal cavalo de batalha neste sentido é conscientizar esta companhia aérea para não colaborar mais com o “ cruel” tráfico de seres vivos, como já se negaram Air Canadá, British Airways e American Airlines, entre outras. Neste sentido,  está sendo realizada uma campanha internacional chamada “NON a Air France”.

“Stop Vivisection”

Os macacos que chegam a Espanha são levados em primeiro lugar ao centro de reprodução de primatas de Camarles, em Tarragona – fortemente  questionado pelos animalistas – e finalmente,  aos laboratórios de investigação, nos quais são utilizados em “ cruéis e dolorosos” experimentos toxicológicos e neurológicos. Além disso, a ONG afirma que na maioria dos casos os animais “são sacrificados ao finalizar o procedimento”.  Pelo tratamento vexatório que recebem estes animais, a ADDA se aderiu a iniciativa cidadã ” Stop Vivisection” aprovada  pela Comissão Europeia em 2012. Nessa iniciativa se exige a anulação da Diretiva 2010/63 que trata dos animais utilizados em experiências e com outros fins científicos e que se elabore um novo texto para pôr fim a experimentação animal. Outro objetivo da campanha “Stop Vivisection” é impor a obrigação de utilizar métodos científicos alternativos na investigação biomédica relevante para a espécie humana. A iniciativa tem prazo até 1 de novembro para recolher 1 milhão de assinaturas, das quais Espanha tem que contribuir com 37.500. Segundo a Asociación para la Defensa de los Derechos del Animal (ADDA), a Diretiva ignora as vozes de muitos cidadãos que estão contra a experimentação com animais.

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