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Mais de dois milhões de cães estão nas ruas ou abrigos de São Paulo

5 de agosto de 2009
2 min. de leitura
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Só em São Paulo, são mais de dois milhões de cachorros estão nas ruas ou em abrigos. E com tantos cães por aí, por que não adotar um? Ah, se pudéssemos traduzir os latidos. Eles poderiam muito bem ser um pedido de me leva pra casa!

Qualquer um deles pode virar o seu companheiro, a qualquer momento. Desde que você se disponha a cuidar deles como merecem e precisam. “Cachorro não dá trabalho é só ter carinho com eles. Há seis anos trabalho aqui nunca nenhum mordeu e todos são carinhosos comigo”, diz Zé Carlos, tratador da União Internacional Protetora dos Animais, em São Paulo. No abrigo da UIPA, mais de mil cachorros estão a espera de um tutor.

Neguinha, que chegou no local com uma pata amputada e feridas abertas conseguiu um novo guardião. Mas isso nem sempre acontece. Há casos de cães que chegam ainda filhotes e passam a vida toda no lar provisório. Chorão é um deles. No abrigo, envelheceu, perdeu a audição e até hoje não conseguiu um lar.

Pelos cálculos das entidades de proteção animal, só na cidade de São Paulo existem 2, 5 milhões cães. Quase metade deles não tem um tutor. São cachorros que vivem nas ruas ou em abrigos. Impedir que outros cães tenham o mesmo destino ainda é um desafio. Para evitar que população canina continue crescendo desenfreadamente, na cidade de São Paulo a lei exige que todo filhote seja castrado antes de ser vendido.

“Para se ter uma ideia da importância da esterilização, uma fêmea em seis anos não esterilizada consegue fazer surgir direta ou indiretamente 67 mil cães”, diz Vanice Orlandi, preseidente da Uipa.

Quando chegou em casa pela primeira vez, com um cachorro nos braços, Ana Maria tinha apenas seis anos, e depois dele vieram dezenas. Nenhum com pedigree, todos encontrados na rua. “A Fiffi é deficiente e a Minhoca, que de minhoca não tem nada, está muito gorda. Eu a peguei na rua no cio. Acho que eu já peguei uns 50 cachorros, não tenho ideia de quantos eu já peguei”, conta Ana Maria, dona de casa.

Quando Ana Maria não consegue um novo lar para o cão ele é acolhido em casa com direito a mordomias. Sortudos? Ana garante que o previlégio é dela. “Não existe satisfação maior, é uma alegria cada vez que eu sei que eu fiz a diferença na vida de um. O que ele vai dar de alegria ou para mim ou para quem ficar com ele é incomparável à alegria que eles proporcionam para a gente, a amizade e o companheirismo. Aqui eles são a alegria da casa”, diz Ana Maria.

Com informações de PortalMS

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