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Mais de cem pessoas são detidas em rinha no Crato (CE) e 88 galos são resgatados

13 de setembro de 2010
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Durante a operação, 88 animais foram confiscados pelo Ibama. Os acusados do crime serão processados

Vários animais apresentam graves ferimentos em consequência das brigas em que seus 'tutores' fazem apostas (Foto: Antônio Vicelmo)

O escritório local do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia Militar, apreendeu 88 galos numa rinha localizada na Travessa Barbalha, 77, bairro do Seminário,na cidade de Crato, Ceará. Mais de 100 apostadores foram autuados em flagrante. A pena para o crime de maus-tratos a animais é de três meses a um ano de prisão.

Entre os envolvidos estão criadores e apostadores de várias cidades do Cariri, na maioria empresários e funcionários públicos que, de acordo com o chefe do escritório do Ibama no Crato, Francisco Sales, vão responder a inquérito em liberdade, uma vez que o crime é afiançável.

O homem apontado como coordenador da competição, Samuel Vieira Nunes, foi levado pela Polícia para o escritório do Ibama, juntamente com os galos, a fim de responder a inquéritos administrativo e penal, além de ter de pagar uma multa de R$ 88 mil. Os apostadores só não foram levados para a delegacia porque a polícia não teve condições de conduzi-los. “Seriam necessários dois ônibus”, diz Sales. A Polícia anotou o nome e endereço de todos eles para dar prosseguimento ao inquérito.

Alguns dos responsáveis pelo galos, segundo Sales, saíram do Ibama prometendo invadir a área para soltar as aves. A vigilância do Ibama teve que ser reforçada para evitar a invasão. Mesmo assim, segundo um dos vigilantes ainda apareceram pessoas, na madrugada de ontem, tentando entrar no local, sob o pretexto de que iriam alimentar os galos apreendidos.

Morte

Dois galos já morreram em consequência dos mau-tratos. Outros, que já tinham brigado na rinha, estão à beira da morte, cobertos de sangue e apresentam ferimentos principalmente na cabeça.

O escritório local do Ibama solicitou a presença de um biólogo para acompanhar o estado de saúde dos galos.

Fonte: Diário do Nordeste

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