Imagens cedidas pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, mostram, na praia de Piedade, cento e cinco filhotes da espécie tartaruga-oliva recém nascidas indo em direção ao mar, por volta das 5h da manhã, da última quarta-feira (7).
O nascimento dessa espécie de tartaruga ocorre entre 45 e 70 dias após a fêmea depositar os ovos na areia. O tempo de eclosão dos ovos depende também de fatores externos. “Tem ninho que passa de 70 dias. Quanto mais chuva, mais demorada é a eclosão. Se o tempo está mais quente, é mais rápido”, explicou o ambientalista e técnico de meio ambiente Adriano Artoni ao G1.
O ambientalista esteve presente no momento do nascimento dos animais e contou que 30 ninhos já foram registrados nas praias de Jaboatão entre janeiro e julho deste ano. Segundo ele, nasceram 2,6 mil tartaruguinhas no município apenas em 2021. “Tem um ninho ainda fechado, de tartaruga-oliva, que estamos monitorando o nascimento”, afirmou.
O município de Jaboatão possui o Núcleo de Monitoramento de Animais Marinhos e Silvestres na Secretaria de Meio Ambiente. O Núcleo é responsável por fazer o mapeamento de desova e nascimento das tartarugas. Os ninhos são cercados com telas e há o acompanhamento por equipes do Grupamento de Apoio ao Meio Ambiente (Gama), que fiscalizam o local, para evitar o roubo e o ataque de ninho por outros animais.
O ambientalista Adriano Artoni destacou a importância da colaboração da população para o mapeamento. “É importante que entrem em contato com a prefeitura caso encontrem tartarugas desovando ou filhotinhos na areia. E quando encontrar, não é jamais para levar para casa, nem tocar ou soltar na praia. É para ligar para a prefeitura e informar. As pessoas não devem encostar nos animais”, afirmou.
A população que localizar os animais nas praias de Jaboatão podem entrar em contato pelo número 0800 081 8899. “Como estamos em uma área metropolitana, a gente tem que usar nossos artifícios para se adequar ao comportamento dessas tartarugas, porque elas podem confundir a iluminação pública com a lua, por exemplo. Então, é importante ter esse contato da população também”, declarou o ambientalista.
