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Mais de 90% da população mundial vive em áreas onde os níveis de poluição do ar estão abaixo dos padrões de segurança

9 de junho de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

Milhões de mortes prematuras em todo o mundo podem ser atribuídas a substâncias nocivas na atmosfera como resultado de atividades humanas (Foto: Flickr/Thomas Hobbs)

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% da população mundial vive em áreas onde os níveis de poluição do ar estão abaixo dos padrões de segurança.

Milhões de mortes prematuras em todo o mundo podem ser atribuídas a substâncias nocivas na atmosfera como resultado de atividades humanas. A poluição do ar custa à economia global cinco trilhões de dólares por ano em gastos com saúde e bem-estar.

A poluição atmosférica põe em perigo a nossa saúde, os nossos habitats, mas também o nosso patrimônio ambiental comum. Tem um impacto negativo nas áreas terrestres, marinhas e costeiras e causa perturbações nos ecossistemas reguladores que são fundamentais para a qualidade de vida global das sociedades humanas e para a saúde das terras, mares e outras espécies vivas:

“Reduzir a poluição do ar é proteger o meio ambiente, preservando a biodiversidade e mitigando a mudança climática, o que compõe um dos desafios mais prementes de hoje.”

Essa observação está destacada no primeiro Relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade, lançado em maio pela Unesco, durante o encerramento do plenário da Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES).

O relatório alerta para a deterioração sem precedentes da natureza e de seus processos ecológicos e evolutivos que nos fornecem ar de qualidade, água fresca e solos saudáveis.

Também enfatiza a necessidade de tomar ações coletivas urgentes e imediatas para preservar a estrutura viva do planeta. Fazer isso é nosso dever de solidariedade para as gerações futuras, segundo a Unesco.

“Reduzir a poluição do ar exige não apenas mudança tecnológica, mas também uma mudança de mentalidade em relação a questões ambientais, políticas inovadoras e regulação social”, defende a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

E acrescenta: “Sabemos que quanto mais as pessoas se aproximam de seu ambiente natural, mais provável é que apreciem a natureza e sua biodiversidade, tenham consciência de nossa herança comum e compreendam a importância fundamental do ar puro de que todos dependemos para a vida, bem-estar e para o futuro do nosso planeta.”

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