Por Raquel Soldera (da Redação)
Os protetores dos animais da organização São Francisco de Assis de Curicó, comunidade da província de Maule, no Chile, fizeram uma grave denúncia na última quarta-feira, 24. Segundo eles, Sergio Catalán e Patricio Bordachar, funcionários do Departamento de Saúde Animal do município, estão matando os cães que são levados para o canil da cidade.
Os dois são os encarregados do recinto. Patricio Bordachar é veterinário, e ordenaria a Sergio Catalán, técnico agrícola, ir ao canil três vezes por semana, somente para assassinar os animais. Segundo os protetores dos animais, ele mesmo afirmou que isso é “normal” para ele, e que cães idosos, doentes ou bravos, não devem viver.
“Não suportamos mais que estas mortes continuem a ocorrer. Por isso decidimos denunciar os grandes males provocados por Sérgio Catalán e Patricio Bordachar. Estamos cansados de tais atrocidades, e nos reunimos com o prefeito para questionar sobre os acontecimentos. Ele disse que não sabia disso e afirmou que nunca ordenou a morte dos animais”, disse Paulina Bravo, porta-voz do grupo.
“Sérgio Catalán não é veterinário, e é ele quem mata os cachorros. Em várias ocasiões perguntei o que ele injeta nos animais, mas ele se recusa a dizer o que usa. Como não é profissional, está convencido de que os mais de 20 animais restantes vivos no canil sofrem de uma doença rara, e não de raquitismo e desnutrição”, relatou Paulina.
Em Rancagua, 30 animais foram encontrados agonizando em terrenos baldios, em regiões de pouco tráfego, por Angélica Herrera. Segundo seu relato, ela foi alertada há três dias, juntamente com outros protetores de animais, de que no bairro El Manzano cerca de 15 animais de estimação estavam abandonados no local, todos com coleiras e identificação. Ela também disse que, há duas semanas, outros 15 animais foram encontrados mortos na estrada do Cobre e moradores de ambas as áreas culpam o prefeito Eduardo Soto e a direção do hospital de Rancagua.
“No último massacre, só consegui salvar um cão da raça akita. O veterinário disse que os sintomas de envenenamento revelam que foi usada estricnina. Os animais apresentavam salivação abundante e rigidez muscular. Insistimos que a solução não é matar, mas a conscientização da população e a castração de animais são suficientes para o controle da população de cães”, disse ela.
Em ambos os casos, os protetores de animais prestaram queixas por maus-tratos a animais com consequência de morte nos órgãos competentes de cada cidade.
Com informações de PrensAnimalista