Nos últimos cinco anos, foram registrados 731 acidentes envolvendo animais nas rodovias federais no Tocantins. Entre esses casos, 131 animais morreram por atropelamento, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Falta de atenção no trânsito e a degradação do meio ambiente podem estar relacionados às causas desses acidentes.
Conforme os dados da PRF, no período de 2021 a 2025, 468 animais foram recolhidos das estradas e 1.956 animais vivos foram afastados das pistas.
Em Araguaína, três capivaras foram atropeladas em janeiro de 2025. Os animais foram encontrados mortos às margens da Marginal Neblina. Já em setembro deste ano, um jacaré com mais de 2 metros morreu após ser atropelado por um carro na BR-242, em Formoso do Araguaia.
Em rodovias estaduais, também foram registrados acidentes com animais. Em abril deste ano, uma vaca e dois bois da raça nelore foram atropelados em trecho da TO-070, na zona rural de Brejinho de Nazaré. O carro que teria atropelado os animais foi encontrado destruído. No mesmo mês, um motociclista ficou ferido após bater em um animal na TO-050, em Porto Nacional.
Para o biólogo Estevão Coutinho, há cuidados que podem ser tomados para evitar esse tipo de acidente, como inserir placas em locais com maior movimentação de animais e criação de túnel para passagem segura desses animais.
“Existem lugares em que eles fazem até elevações para ter um túnel para o animalzinho poder passar sem ter que correr risco no asfalto de ser atropelado. Placas avisando em locais que têm o maior índice de acidente com animais e principalmente a consciência do ser humano também. Em áreas que você vê que estão muito adensadas de um lado e de outro, vá um pouco mais devagar porque pode ser que esteja passando um animal e você pode pôr em risco a vida dele e, dependendo da sua velocidade, até a sua vida”, disse.
Segundo a policial rodoviária federal Nathalia Guimarães, um dos fatores que pode causar os acidentes com animais é a falta de atenção durante a condução do veículo.
“O principal fator para o condutor observar é a atenção dele. Se ele dirige olhando para o celular ou conversando ou desatento, ele não vai observar a aproximação de um animal que esteja ali acessando a rodovia, principalmente se for um animal rastejante, como é o caso das jiboias, das cobras ou de uma preguiça. Então, o animal de menor porte, ele não consegue observar”, explicou.
Fonte: G1