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Mais de 500 cães são resgatados de fábrica de filhotes, no Canadá

21 de setembro de 2011
3 min. de leitura
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Por Natalia Cesana  (da Redação)

Foto: Kathy Milani, The HSUS

Funcionários da Sociedade Humanitária estão pedindo a todos os moradores de Montreal, no Canadá, suprimentos para ajudar a cuidar de mais de 500 cães apreendidos. O caso está sendo considerado o maior em termos de crueldade animal já ocorrido em Quebec, segundo informou o jornal canadense Montreal Gazette.

“Estamos pedindo que os moradores da província abram os corações e deem uma segunda chance a estes cachorros”, disse Rebecca Aldworth, diretora executiva da Sociedade Humanitária do Canadá.

Na sexta à noite, o ministro da Agricultura, da Pesca e da Alimentação de Quebec foi até um canil de criação em Clarendon, a 90 km de Otawa, e recolheu 525 cachorros. Estes animais não tinham condições básicas de cuidados e estavam isolados. Os veterinários tiveram que tratar de doenças respiratórias e de pele.

Veterinário da Humane Society abraça um dos cães resgatados (Foto: Kathy Milani / The HSUS / THE CANADIAN PRESS)

Levou quase um dia inteiro para que os funcionários da Sociedade Humanitária transportassem todos os cães para um abrigo emergencial fora de Montreal. “Precisamos juntar muitos esforços nesta logística. Estamos acostumados a transportar animais em situações de emergência, mas agora foi algo muito intenso, uma operação muito longa”, explicou Rebecca. Ela pediu doações de brinquedos, tigelas e caminhas. “Queremos que esses cachorros fiquem confortáveis. Por isso precisamos também de voluntários.”

Os animais – entre filhotes e adultos – pertencem a 30 raças diferentes, de chihuahuas a golden retrievers. “Todos esses cães são incríveis”, disse Rebecca.

A localização do abrigo de emergência não foi divulgada.

Os voluntários da Red Rover Responders, grupo que resgata animais em situações de risco, estão correndo contra o tempo para providenciar os cuidados necessários.

O Departamento de Agricultura e Pesca disse que será responsável pelos cachorros até que um juiz decida se eles serão devolvidos aos tutores ou se serão colocados para adoção. “Nosso objetivo principal é o sucesso da operação para que estes cães nunca mais tenham que passar por isso”, disse Rebecca Aldworth.

Foto: Tudor Tulok

Charlene Labombard, dona do canil, se defendeu. “Estou perdendo minha vida e estou muito chateada”, disse. Ela explicou que a família Labombard começou a criar cachorros em uma fazenda de porcos quando houve uma crise no mercado de suínos, há quase 20 anos. Charlene disse ainda que os filhotes eram mantidos em um celeiro e os adultos estavam alojados em cercados forrados com plástico.

Os inspetores afirmaram que estavam apreendendo os cães devido às teias de aranha no teto, ao chão batido sem piso e porque o canil não tinha ventilação adequada.

Johanne Tassé, fundadora e presidente do Centro de Adoção Animal de Quebec, disse que a província é conhecida como a capital das fazendas de criação de filhotes.

Em junho, o governo de Quebec anunciou novas regras sobre o tratamento dispensado a cães e gatos que deve ser dado por criadores e tutores. Foi realizada uma consulta pública para revisar as regras, que serão anunciadas nos próximos dias.

Johanne instou todos os moradores de Quebec a não comprar animais.

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