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Mais de 400 espécies em perigo no Golfo do México

3 de maio de 2010
2 min. de leitura
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A maré negra ao largo do Golfo do México ameaça mais de 400 espécies que dependem do frágil ecossistema do estuário e da foz do rio Mississippi, já duramente castigado há cinco anos pelo furacão Katrina.


Foto: Reprodução/JN


A mancha de petróleo causou até agora poucos estragos na ala sul dos pântanos de Nova Orleans, repartidas por 12.000 km2, mas os especialistas dizem que os estragos podem ser devastadores a partir desta semana. As autoridades dos EUA acabam de proibir todo o tipo de pesca durante pelo menos dez dias na zona do derrame petrolífero.

A diretora do Instituto de Engenharia e Ecologia Costeira da Universidade de Luisiana em Lafayette, Jenneke Visser, disse ao El País que a sua máxima preocupação neste momento são as colônias de aves afetadas com a mancha negra. “As zonas costeiras do golfo do México contam com uma grande diversidade de aves e peixes que nesta época do ano estão no pico máximo da sua fase reprodutiva. Isto torna mais difícil para os animais mudarem de zona”.

Espécies como o pelicano pardo, a garça-vermelha ou o cisne de pescoço preto estão gravemente ameaçadas pelo impacto da maré negra que poderá afetar 20 reservas da vida selvagem. Também as tartarugas marinhas se encontram ameaçadas.

Calcula-se que até 25 milhões de aves por dia possam vir a migrar pelo “corredor” do Golfo do México nesta época do ano (500 milhões durante a Primavera, segundo um estudo da Universidade Estatal de Luisiana).

“A época de reprodução começa justamente neste momento, e muitos casais constroem ninhos para seus ovos que estão por vir”, adverte Melanie Driscoll, diretora de uma associação de  conservação de aves do Luisiana. “Para os pássaros, o desastre não podia ter ocorrido em pior momento; muitos deles estão na zona onde o petróleo pode acumular e alcançar a costa. Temos que estar preparados para o pior; enfrentamos uma autêntica catástrofe nas costas do Luisiana, Mississippi, Alabama e Flórida”, acrescentou.

Fonte: Jornal de Notícias

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