Na Zâmbia, o consumo de milho contaminado pode ter causado a morte de 400 cachorros no mês passado. Uma análise feita em 25 amostras coletadas de 10 empresas de moagem constatou a presença de altos níveis de aflatoxinas, uma substância venenosa produzida por fungos, em metade delas. Em coletiva de imprensa, o ministro da saúde Muchimi salientou, afirmou que as mudanças climáticas e o impacto da recente seca na Zâmbia “exacerbaram a ocorrência de aflatoxina nesta temporada”.
Muchima disse ainda que os resultados foram “de grande preocupação devido às diversas implicações para a saúde da população”. Segundo a BBC internacional, as autoridades iniciaram a investigação sobre o fornecimento de milho da Zâmbia depois que a emissora local Diamond TV descobriu que dezenas de cães morreram de envenenamento por aflatoxina, muito provavelmente após a ingestão de ração contendo milho contaminado.
O Ministério da Saúde não relatou nenhuma morte humana, mas há preocupação porque as mesmas empresas testadas processam o grão para fazer farinha de milho, que é consumida pela população – lotes do alimento foram recolhidos e notificações de apreensão foram emitidas.
A Associação de Moinhos da Zâmbia, que representa empresas de moagem, anunciou que suas associadas estão trabalhando para garantir que o problema seja resolvido e o público fique seguro.
“Ainda estamos investigando a origem desse grão contaminado e intensificamos nossa vigilância do produto no mercado”, afirmou Andrew Chintala, presidente da entidade. “Não testamos muito para aflatoxina anteriormente porque esta é a primeira vez que temos esse caso de aflatoxina alta, cuja causa ainda estamos investigando.”
Fonte: Um Só Planeta