Uma busca policial está em andamento após 43 macacos escaparem de uma instalação de pesquisa na Carolina do Sul, Estados Unidos, na noite de quarta-feira (06/11).
Os macacos, todos jovens fêmeas da espécie Macaco Rhesus, fugiram da Alpha Genesis, uma empresa que fornece primatas para experimentação científica e serviços de pesquisa. Segundo informações, elas nunca foram usadas em testes por conta da idade e, de acordo com a empresa, não portam doenças.
A polícia relatou que os funcionários da Alpha Genesis estão tentando atrair os macacos com comida, enquanto armadilhas e câmeras térmicas foram instaladas para capturá-los. Enquanto isso, os moradores locais foram orientados a manter portas e janelas fechadas e a não interagir com os animais. No entanto, ativistas destacam que o verdadeiro perigo é a exploração contínua de animais em um ambiente de confinamento para fins de lucro e pesquisa.
A Alpha Genesis opera uma grande colônia de macacos na Ilha Morgan, conhecida como Ilha dos Macacos, onde milhares de primatas vivem para atender às demandas da pesquisa científica. A empresa afirma ser líder no fornecimento de primatas para testes em áreas como distúrbios cerebrais, mas esses estudos perpetuam o sofrimento animal e ignoram alternativas modernas, como modelos computacionais e organoides.
Fugas de primatas da Alpha Genesis não são novidade. Em incidentes anteriores, como em 2016 e maio deste ano, macacos escaparam das instalações, suscitando preocupações não apenas com a segurança pública, mas também com a responsabilidade ética e legal da empresa.
Nota da Redação: a exploração de animais em testes científicos é uma prática cruel que desrespeita o direito à vida. Esses animais, muitas vezes confinados em condições precárias, são submetidos a procedimentos dolorosos e estressantes em nome de avanços científicos que podem ser alcançados por outros métodos, como modelagem computacional, organoides e testes in vitro. É urgente que a sociedade e a comunidade científica invistam em tecnologias modernas e livres de crueldade, promovendo um futuro onde a ciência e a compaixão caminhem juntas.