EnglishEspañolPortuguês

LIBERDADE

Mais de 30 leões explorados por circos são salvos e enviados para santuário

Os animais estão vivendo em um santuário da vida selvagem na África do Sul

2 de março de 2022
Redação ANDA
3 min. de leitura
A-
A+
Leões foram resgatados após anos de exploração (Foto: Ilustração l Pixabay)

Após sofrer durante anos de exploração, 33 leões foram resgatados de circos na América do Sul, especialmente Peru e Colômbia, e soltos na África, acabando com o sofrimento e as privações do confinamento.

Os animais estão vivendo em um santuário da vida selvagem na África do Sul.

Apesar da legislação que proíbe a exploração de animais como entretenimento, alguns circos continuam a se apresentar ilegalmente, lucrando com o sofrimento desses animais.

O resgate

Os leões e leoas são forçados toda a vida a tirar fotos com milhares de pessoas e a se apresentar sendo agredidos por chicotes.

Mas, graças ao trabalho do grupo da Animal Defenders International (ADI), muitos animais foram salvos dos circos sul-americanos, incluindo estes 33 leões que foram levados para o ADI Wildlife Sanctuary na África do Sul.

Como eles viveram toda a existência em cativeiro, os leões não podem ser soltos na natureza. No entanto, no santuário podem viver uma vida semelhante à que mereciam em seu habitat natural.

Uma missão que durou quase 2 anos

Em uma missão que durou quase 2 anos, a ADI invadiu todos os circos no Peru e resgatou todos os animais, levando Mahla e outros 32 leões para a África.

A jovem leoa Mahla foi resgatada pela ADI junto com sua família de um circo peruano. Quando filhotes, ela e o irmão Scarc foram separados pelo circo de sua mãe Kiara.

Hoje, Mahla mora com a mãe (Kiara), o irmão (Scarc) e a tia (Amazonas) no santuário da África do Sul.

Santuário na África

O santuário ocupa uma área de mais de 180 hectares, na qual existem quatro poços naturais e várias cercas de segurança movidas a energia solar de última geração.

Existem também bombas de água solares que distribuem água doce para os bebedouros e os enchem automaticamente, minimizando a intervenção humana.

Os animais estão abrigados num verdadeiro paraíso natural e tecnológico, capaz de lhes proporcionar tudo o que necessitam, respeitando o meio ambiente.

Rey e Smith

Rey, que também foi resgatado em um circo no Peru, vive com seu irmão Smith em um espaço próprio, onde existem vários “brinquedos” e ferramentas que são usadas para manter os leões fisicamente e mentalmente ativos.

A chegada deles ao santuário da ADI ocorreu através da iniciativa do grupo Lion Lovers, que arrecadou fundos para o transporte da América do Sul, mas também para os cuidados veterinários iniciais e o primeiro período no santuário.

A Animal Defenders International é uma organização especializada no resgate de animais em todo o mundo, particularmente com aqueles mantidos em circos.

A equipe visa sensibilizar os governos e a opinião pública sobre o bem-estar dos animais, conscientizando sobre seu sofrimento para que nenhum animal seja aprisionado e explorado.

É importante consultar o que diz a lei, já que, como a legislação não é unificada, pode variar de acordo com a região. Leis municipais também podem proibir este tipo de show em espetáculos circenses.

No Brasil, um total de apenas 12 dos 26 estados proíbem a prática, permitida no Distrito Federal.

Nota da Redação: Zoológicos e outros locais que aprisionam animais devem ser completamente extintos. Casos como os dos 33 leões servem para alertar a população mundial sobre a injustiça e crueldade escondida atrás de zoológicos e outros locais que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.

Você viu?

Ir para o topo