De acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 2.731 fazendas leiteiras fecharam as portas nos EUA em 2018. Somente no estado de Wisconsin o total de fazendas que saíram do mercado chegou a 590 no ano passado. Já o estado da Pensilvânia teve 370 fazendas fechadas em 2018.
A Dairy Farmers of America, associação de produtores de leite dos Estados Unidos, divulgou recentemente um relatório informando que em 2018 a indústria de laticínios sofreu queda nas vendas no valor de 1,1 bilhão de dólares em comparação com 2017.
Um relatório publicado pelo The Washington Post mostrou que a população dos EUA está consumindo 37% menos leite do que nos anos 1970. Como consequência, alguns laticínios foram além e mudaram completamente de ramo nos últimos anos, como é o caso da Elmhurst, de Nova York, que fechou sua indústria de produtos lácteos em 2016, após 80 anos, para inaugurar a Elmhurst Milked, de alternativas vegetais.
Independente de causa, e na contramão da crise no mercado leiteiro, estão as alternativas aos laticínios baseadas em vegetais, que têm ocupado cada vez mais espaço e atraído até mesmo a atenção e interesse de empresas do ramo leiteiro.
Nos Estados Unidos, além do surgimento de novas marcas não lácteas a cada ano, a Dean Foods, segunda maior companhia leiteira do país, além de fechar laticínios e romper contratos com dezenas de produtores de leite só no estado da Pensilvânia, se tornou acionista da marca de leites vegetais Good Karma, que segue em ascensão nos EUA.
A previsão é de crescimento global de alternativas aos lácteos de mais de 40% até 2023, segundo a ResearchandMarkets. Vale lembrar também que foi em 2018 que a Marcus Dairy, um dos maiores laticínios de Connecticut, anunciou o encerramento do contrato com 52 fazendas por causa da queda na demanda por leite.