Por Raquel Soldera (da Redação)
No sábado, 30 de janeiro, mais de 200 ativistas de direitos dos animais da Fundação Equanimal e outras organizações conseguiram evitar a morte de muitas raposas por caçadores durante a celebração do torneio estatal de caça à raposa em Galiza, na Espanha.
De manhã cedo, os ativistas presentes em Portomarín, próximo à Lugo, sede do torneio deste ano, localizaram as equipes de caça. A ação dos ativistas consistiu em passear fazendo barulho, com a ajuda de apitos, fazendo com que as raposas ficassem alertas e fugissem das armas dos caçadores.
A ação de sabotagem teve um momento de tensão em particular. A presença das forças de segurança e órgãos do Estado foi constante, tentando convencer os militantes de que estavam violando a lei simplesmente por andar na estrada soprando apitos. “Os agentes presentes tentaram impedir as atividades legais dos defensores dos animais. Os ativistas foram multados por falsas infrações do código de circulação que não cometeram e seus carros foram submetidos a registros. Tudo com uma finalidade: impedir que ajudassem a salvar a vida das raposas”, disse a organização em um comunicado.
As cenas de violência por parte de caçadores têm sido habituais. Um dos grupos de ativistas conseguiu impedir o assassinato de uma raposa no último momento, quando um caçador já estava apontando a arma para o animal. O ativista soprou o apito, salvando a raposa. O caçador, movido pela raiva, apontou então a arma para o ativista, ameaçando disparar, segundo denúncia da organização Equanimal.
Outros grupos também sofreram ameaças de morte e tentativas de agressão por parte dos caçadores, que também atiraram pedras contra os defensores dos animais.
O dia terminou com uma concentração em Portomarín, onde os ativistas leram um manifesto para explicar por que eles acreditam que a caça nada mais é do que o assassinato de animais indefesos.
Com informações de Portal del Medio Ambiente