Por Vinicius Siqueira (da Redação)
Oficiais do órgão de Cuidado e Controle de Animais de Indianópolis (IACC) apreenderam mais de 160 animais de uma casa localizada no noroeste da cidade. A apreensão ocorreu na tarde desta terça-feira (10).
Segundo as informações do RTV6, o tutor dos animais, Chris Young, disse que tomar conta dos animais era uma parte importante de sua vida. “Meu répteis são tudo para mim, são minha vida”, disse o garoto de 18 anos.
Mas, segundo o IACC, aquela situação era perigosa para ele, sua família e, inclusive, para os animais que ali viviam. Young tinha um grande número de cobras, “em um quarto haviam por volta de 75 cobras e aquele era o quarto onde ele dormia”, revelou Marcos Brown, membro da IACC.
O órgão ainda encontrou uma cabra, um porco e vários coelhos na casa. Em seguida, a equipe se debruçou sobre o celeiro encontrado no quarto e avistou centenas de grandes ratos que serviriam para alimentação de outros animais. Haviam diversos ratos mortos e, pela falta de água e comida, os ratos mortos dentro do celeiro eram devorados por outros ratos.
“eu sou um comerciante legítimo, eu pago impostos e posso realizar a venda de animais exóticos”, disse Young.
De acordo com o rapaz, nada de errado foi feito e ele não chegou a quebrar lei nenhuma.
Mas, segundo o IACC, o rapaz não oferecia condições mínimas de sobrevivência para os animais, entre outras violações. Os animais foram apreendidos quase em sua totalidade.
“Isso não é adequado. Eu amo meus animais e a última coisa que eu gostaria de fazer era escolher entre aqueles que eu mais amo para ficar e deixar todos os outros serem apreendidos”, disse o rapaz.
O pai de Young foi acusado por 181 violações aos cuidados e tratamentos adequados aos animais, além de ser acusado, também, de obstrução policial, pois tentou fugir com um dos animais quando o IACC chegou ao local.
A família alegou que o porco era terapêutico para a mãe de Young, que não passa bem.
Nota da Redação: Apesar de repetir para a polícia que amava os animais, as condições de existência em que eram submetidos demonstram o contrário. Chris Young ainda tinha como objetivo a comercialização deste animais, chamados por ele de “exóticos” (um termo para animais menos comuns na cidade e, por isso, com maior valor econômico), o que revela, também, que seu amor não era horizontal, mas poderia ser comparado com o esmero que se dá para a mercadoria ser vendida por seu maior preço.