Mais de 100 animais estão no espaço destinado a pets no abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, para atender famílias atingidas pela cheia do Rio Acre.
Até a manhã de quarta-feira (19/03), já eram 110 animais, entre cães e gatos, adultos e filhotes. O local conta com coordenação do Núcleo de Zoonoses da capital, e também do Controle de Endemias, órgãos ligados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Contexto: A cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros. O manancial na capital está acima desta marca desde a última segunda-feira (10). Na última sexta-feira (14), o nível ficou acima dos 15 metros, e no sábado (15), o Rio Acre subiu quase 60 centímetros. No domingo (16), apesar de oscilar, o rio aumentou onze centímetros e nesta segunda (17) o nível continuou subindo. O último boletim divulgado pela Defesa Civil aponta que:
- Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
- Pelo menos 171 famílias em abrigos, cerca de 551 pessoas;
- Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
- 19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
- 43 bairros da capital atingidos.
Os animais contam com atendimento veterinário 24h, recebem alimentação e podem ser visitados pelos tutores entre 15h e 17h. Já a alimentação é entregue pela manhã e à tarde.
“Temos estrutura pra 300 animais, atendimento 24 horas por dia com veterinária e agentes de zoonoses”, ressaltou o veterinário Hebert Teixeira, coordenador do núcleo.
Ainda conforme Teixeira, o cadastro dos animais deve ser feito já no momento em que as famílias dão entrada no abrigo. Ao serem recebidos, os moradores devem informar se há também animais domésticos, e é feita uma avaliação da saúde dos animais.
“Temos horários de visitas das 15h às 17h, diariamente, com toda segurança para evitar acidentes. Só abrigamos animais das famílias que estão abrigadas no box do parque ou escolas. A alimentação é feita após a limpeza de manhã e no final da tarde”, acrescentou.
Em 2023, durante outra enchente do Rio Acre, alguns dos animais que haviam sido levados ao abrigo foram deixados pelos tutores após a cheia. Teixeira afirma que em 2024 essa situação foi amenizada, e espera que o problema não ocorra neste ano.
“Ano passado isso foi bem controlado não tendo animais abandonados, esse ano estamos ainda mais atentos com isso”, destacou.