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Mais de 10 mil filhotes de tartarugas são soltos em rio de Mato Grosso

30 de março de 2012
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Projeto é feito na tentativa de evitar o contrabando da carne das tartarugas (Foto: Assessoria /Sedraf-MT)

Ainda segundo Assis, as espécies protegidas são a Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) e a Tracajá (Podocnemis unifilis). Além do manejo dos filhotes, o projeto ainda prevê ações de conscientização de pescadores e ribeirinhos para ajudarem na preservação das tartarugas.

“Existe o contrabando da carne de tartaruga para outras regiões do Brasil. As pessoas vem pra cá, se instalam em pousadas e capturam as tartarugas. Elas retiram a gordura do animal e transforma em linguiça para poder contrabandear para as outras regiões do país”, eressaltou o biólogo.

A carne retirada das tartarugas é rica em proteína, apreciada por pessoas que consideram um prato saboroso. O segundo problema é o contrabando da gordura das tartarugas, utilizada para uso em cosmético e fins medicinais. Culturalmente, populações ribeirinhas e indígenas consumiam a carne. Em época de desova, milhares de ovos são esmagados e deixados ao sol, dentro de canoas para poder extrair a gordura.

“Se não tiver um trabalho para salvar a espécie e conscientização das populações ribeirinhas as tartarugas não vão sobreviver”, enfatizou Assis, que espera realizar a soltura de 20 mil filhotes ainda neste ano.

O índice de natalidade das tartarugas, de forma natural, é de 99% com sobrevivência que gira em torno de 2 a 4%. Com o projeto, o índice de sobrevivência é de 60% em média. No mesmo projeto as equipes voluntárias fazem treinamento e capacitação de pescadores para a piscicultura da espécie pirarucu, em épocas de seca nos rios de Mato Grosso.

Fonte: G1

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