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Mais de 10 mil elefantes são assassinados em reserva de Moçambique

15 de fevereiro de 2018
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A Fauna and Flora International (FFI) receia que os elefantes sobreviventes na Niassa National Reserve sejam dizimados se os grupos de caça fortemente armados não acabarem.

Foto: Wim Ebersohn

Nos últimos dois meses, a organização informou que até 5%  dos elefantes restantes da reserva foram mortos por seus marfins.

O presidente-executivo, Mark Rose, declarou: “O valor de Niassa como um dos últimos grandes desertos do continente deve continuar além de uma disputa em curto prazo pelo marfim e outros bens ilícitos, como minerais. Seu significado econômico, social e cultural em longo prazo não pode ser sobrevalorizado. O governo moçambicano deve tomar medidas imediatas para interromper a crise da caça antes que seja tarde demais”.

Niassa é o lar de 70% dos elefantes de Moçambique, disse a FFI. A reserva possui mais de 16 mil milhas quadradas (aproximadamente 25 mil quilômetros quadrados).

Matt Rice, um ativista que administra a concessão de turismo de Chuilexi dentro de Niassi, acredita que a crise da caça na região começou em 2009 e só aumentou desde então.

Os caçadores portadores de rifles de caça de grande calibre e rifles ilegais AK-47 tentaram atrapalhar as atividades da equipe do local, apontou.

“Nós só podemos ter acesso a espingardas de pressão [que só são efetivas em curto alcance]. Tentamos conseguir  licenças para espingardas, muitos dos nossos escoteiros estão desarmados”, frisou ao The Independent.

Chuilexi emprega cerca de 60 escoteiros em seu esforço de proteção animal, o que é exigido no contrato. Ele acredita que Moçambique foi identificado como um “alvo mais fácil”, devido a menor aplicação da lei do que em outros países do continente.

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