Mais de 10 animais, entre cachorros e gatos, foram encontrados com os corpos carbonizados em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A causa das mortes é investigada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais (Decat).
Os corpos foram encontrados em meio a uma área de mata situada no bairro Parque Novo Século. Parte das diligências policiais, uma perícia foi realizada no local na quarta-feira (22). Os trabalhos técnicos foram acompanhados por investigadores da Decat.
O objetivo da perícia é auxiliar nas investigações que buscam identificar os responsáveis pelos animais. À frente do caso, o delegado Maércio Barboza informou ao G1 que diligências estão sendo realizadas para tentar descobrir se o ato foi criminoso.
Segundo Barboza, os investigadores buscam saber se os animais foram queimados ainda com vida, vítimas de um ato de extrema crueldade que teve como foco matá-los, ou se foram deixados no local já mortos e ficaram carbonizados após a mata pegar fogo.
Após a perícia, os corpos dos animais foram retirados do local pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos. Denúncias que possam ajudar a elucidar o caso devem ser repassadas à Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais pelo telefone (67) -3325-2567.
Lei Sansão
Sancionada no final de 2020, uma nova lei de proteção animal aumentou a pena para crimes cometidos contra cachorros e gatos no Brasil. Antes, esses crimes eram punidos com, no máximo, um ano de detenção, pena que era convertida em alternativas como a prestação de serviços à comunidade.
A legislação recebeu o nome de “Lei Sansão” em homenagem ao pit bull Sansão, que foi brutalmente torturado em Minas Gerais, tendo as duas patas traseiras decepadas. Paraplégico, ele não apenas se recuperou e provou o quão forte é capaz de ser, como serviu de incentivo para a aprovação da lei.
Com o aumento da pena, os criminosos que submeterem cachorros e gatos a maus-tratos poderão ser presos por um período de dois a cinco anos. Eles também poderão ser punidos com multa e com a proibição de tutelar outros animais.
A medida, no entanto, não protege os animais de outras espécies, excluindo a fauna silvestre e animais que são explorados pela sociedade, como galos, porcos, bois e galinhas.