A maior reserva de Cerrado do estado de São Paulo, situada na Estação Experimental de Jataí, na cidade de Luís Antônio, tem sido alvo de incêndios florestais pelo segundo ano consecutivo. As queimadas de grandes proporções tiveram início na quinta-feira (19). Os bombeiros não têm previsão do tempo que será necessário para por fim às chamas.
De acordo com a Fundação Florestal, responsável por administrar a reserva, o incêndio teve início em uma área próxima ao rio Mogi-Guaçu e alcançou a estação por conta do vento e da estiagem. Não se sabe ainda qual foi a motivação da queimada.
Uma força-tarefa se formou para combater as chamas. O grupo conta com três aviões para jogar água sobre o fogo e é composto por membros do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental e da Fundação Florestal.
As condições climáticas, conforme relatado pelo diretor da Estação Experimental de Jataí, colaboram para a disseminação rápida das chamas. “A gente está em um período super crítico. Muito seco, vegetação muito seca pelas geadas, com ventos. A preocupação é grande. As equipes estão empenhadas. A unidade está com os aceiros em dia”, afirmou Rodrigo Levkovicz ao G1.
A força-tarefa se dedica a conter o fogo pensando especialmente nos animais silvestres que vivem na região, já que as queimadas ameaçam a sobrevivência de espécies como lobo-guará, macacos, tamanduá-bandeira e onça-parda.
“Essa aqui é a maior reserva de Cerrado do estado de são Paulo. Muito rica em biodiversidade. Nesse momento, todos os nossos esforços são para preservar a fauna. Retardando a ação do fogo, nós conseguimos fazer com que os animais tenham tempo de se refugiarem em áreas que não estão queimando. Esse é o nosso objetivo”, explicou.
No ano passado, incêndios de grandes proporções também atingiram a Estação Experimental de Jataí. As chamas destruíram 5 mil hectares, sendo 2,9 mil de vegetação nativa, entre agosto e setembro de 2020. Os dados são da Polícia Militar Ambiental.