Tem três metros de largura, dois de altura e pesa 900kg. O bisonte europeu, maior mamífero do continente, corre sérios riscos de desaparecer da superfície terrestre.
Durante centenas de anos, esta foi uma espécie protegida em diversas regiões da Europa por vários monarcas, que consideravam parte dos seus deveres zelar pela sobrevivência dos mamíferos. Porém, no início do século XX os bisontes tornaram-se alvo de caçadores furtivos, interessados na sua carne e pele. Segundo o diário espanhol El País, no ano de 1919 já não restava nenhum em liberdade.
Apesar dos esforços de biólogos da época, que tentaram reconstruir as manadas com alguns animais que tinham sobrevivido em jardins zoológicos e coleções privadas, conseguiram recuperar apenas quatro machos e três fêmeas para multiplicar os exemplares da espécie, disse à BBC Malgorzata Tokarska, do Instituto de Investigação de Mamíferos da Academia Polaca de Ciências em Bialowieza, na Polônia. É precisamente aqui, em Bialowieza, na fronteira entre a Polónia e a Bielorrúsia, que se encontra a reserva onde atualmente restam apenas duas manadas selvagens de bisontes europeus.
O número de animais em liberdade ascende aos 800, mas todos estes bisontes descendem de um mesmo macho, o que levanta graves problemas genéticos: mais de 90% dos genes foram herdados de dois únicos exemplares que se reproduziram na década de 1920, o que reduz a população efetiva desta espécie a 25 bisontes e coloca em riscos graves a sua sobrevivência. Os investigadores procuram agora soluções para contornar este problema.
Fonte: DN