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PARANÁ

Mãe repleta de amor: pinscher adota filhote de gato e começa a produzir leite para amamentação

15 de novembro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Fernanda Lara

Uma cachorrinha pinscher “adotou” um filhote de gato e, mesmo sem nunca ter engravidado, começou a produzir leite para amamentá-lo. O caso aconteceu em Teixeira Soares, nos Campos Gerais do Paraná, e foi registrado em vídeo pela tutora dos animais, Fernanda Lara.

As imagens foram publicadas nas redes sociais e chamaram a atenção dos internautas, que se impressionaram e se divertiram com a cena.

A pinscher “Pelúcia” tem um ano de idade e nunca cruzou com nenhum cachorro. A cachorrinha também nunca tinha visto um gato, até a família adotar o filhotinho “Tadeu”, conta a tutora.

O novo filhote era um desejo do filho de cinco anos da Fernanda e do marido. A família mora em uma localidade rural do município e no início de novembro descobriu que a gata de uma chácara próxima tinha dado cria, mas estava levando os filhotes para regiões de mata e os animais estavam se perdendo.

Por isso, o casal adotou um dos gatinhos ainda recém-nascido, e estava amamentando o “Tadeu” apenas com leite de vaca, com o auxílio de uma seringa.

“No começo, estávamos com medo da Pelúcia atacar o Tadeu. Ela chegava, cheirava e saía de perto, mas ele sempre tentava se aproximar – até que teve um dia que ela deitou com ele, na caixinha que fizemos de ‘caminha’, e ele começou a tentar mamar nela. Dias depois, vi que estava saindo leite e gravei o vídeo pra mostrar para a minha mãe”, conta Fernanda.

Desde então, a pinscher tem amamentado o gato, e a família complementa a alimentação dele com o leite de vaca.

Instinto materno

A tutora Fernanda Lara também conta que a pinscher tem agido como mãe do gato, mostrando um grande senso de proteção.

“No final de semana, viajamos para a casa da minha mãe e levamos a Pelúcia e o Tadeu. Lá tem outra cachorrinha e a Pelúcia não deixava ela chegar perto do Tadeu”, exemplifica.

O médico veterinário Robson Klimionte afirma que a situação não é incomum, apesar de serem animais de espécies diferentes, e explica que o instinto maternal e a produção de leite são relacionadas aos hormônios da cadela.

“Existem vários hormônios relacionados com a reprodução e a produção de leite de fêmeas. A hipófise é uma glândula que é responsável por armazenar a ocitocina, e a ocitocina, digamos assim, é o hormônio de mãe. É ele que estimula a fêmea a dar todos os sinais para fazer a lactação ou para regular a questão de cio”, detalha.

O profissional também ressalta que o instinto materno pode surgir não apenas com outros animais, mas até mesmo com objetos.

“Existe uma doença chamada pseudociese, ou seja, a gravidez psicológica. O animal chega a adotar um ursinho de pelúcia, um cobertor, um chinelo ou uma pantufa, por exemplo, como se fosse um filhote, e o organismo entende que é um filhote”, explica.

Klimionte explica que, tanto nos casos da gravidez psicológica, quanto nos em que há estímulos sensoriais, como olfativo ou auditivo, o corpo libera o hormônio e acaba possibilitando a amamentação – como foi o caso da “Pelúcia” com o “Tadeu”.

“Provavelmente o filhote de gato desencadeou essa questão maternal na pinscher, o organismo liberou ocitocina e ela começou a produzir leite”, cita o veterinário.

Fonte: G1

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