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Mãe e filhote de tamanduás atropelados são soltos na natureza

25 de setembro de 2011
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Além deles, outros nove animais foram devolvidos à natureza na sexta-feira

Uma mãe tamanduá e seu filhote foram soltos na Reserva Ecológica Sapiranga, localizada na praia do Forte, litoral baiano, na tarde de sexta-feira (23). Eles haviam sido atropelados e estavam sendo tratados na clínica veterinária do Zoológico de Salvador.

Tamanduás foram soltos em reserva ecológica (Foto: Josiano Torezani e Tiago Passos/Ibama)

De acordo com o veterinário Vinícius Dantas, do zoológico, eles estavam em estado grave. “Inicialmente, a gente procedeu com exame clínico para saber se tiveram algum tipo de sequela neurológica e foi percebido que o caso da mãe era encefálico, o animal sofreu algumas fraturas”, conta. A recuperação rápida permitiu o retorno dos animais à natureza.

Na mesma tarde, outros nove animais foram devolvidos para o habitat natural; são eles um tatu, três corujas de igreja, três corujas orelhudas, um gavião carijó e uma serpente salamanta. Com exceção dos tamanduás, os demais animais estavam se recuperando no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama). O biólogo Josiano Torezani, que participou da equipe de soltura, conta que, quando estavam saindo, encontraram uma preguiça de coleira no alto de uma árvore, espécie ameaçada de extinção. “Isso demonstra a importância e o grau de conservação de uma reserva ecológica como a Sapiranga”, explica.

A veterinária do Cetas, Fernanda de Azevedo, conta que todos os dias chegam novos animais, principalmente serpentes. “A incidência é enorme, as cobras que chegam, em geral, não são venenosas”, diz. A salamanta se alimenta de lagartos, aves e pequenos roedores e vive na caatinga do nordeste, além de áreas úmidas do recôncavo baiano. Jiboia, sucuri e cobras verdes são as espécies mais comuns no estado.

Segundo a veterinária, animais maltratados, traficados ou de doação voluntária são recebidos no Centro. “As cobras são os animais que temos com maior capacidade de soltura, que é realizada em áreas de ocorrência do animal e com vegetação”, relata. Muitos animais também são encaminhados ao zoológico da cidade. Atualmente, na enfermaria do Cetas, há uma cobra atropelada e uma que sofreu agressão.

“Também chegaram aqui três gatos-do-mato órfãos, que são animais silvestres e estavam vivendo como gatos domésticos no baixo sul da Bahia. Eles estão indo para criadouro conservacionista. Entre outros animais, chegaram três jacarés capturados em Salvador no ano passado”, conta.

Fonte: G1

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