A macaca-prego Maria, vítima de um disparo de arma de pressão que a deixou paraplégica, não resistiu a um procedimento cirúrgico e faleceu no último domingo (21/09). Ela foi atingida por um tiro de chumbinho na cervical, o que causou a perda dos movimentos das patas traseiras e deixou seu estado de saúde extremamente delicado.
O Instituto Vida Livre, que dedicou todos os esforços no resgate e tratamento da macaquinha, lamentou a morte em comunicado. “Maria era uma fêmea de macaco-prego que não resistiu ao procedimento anestésico depois de ter sido vítima de um tiro, que a deixou paraplégica. O projétil que destruiu sua vida era um chumbinho. Os nossos animais silvestres estão expostos à mesma violência e negligência que nós. Seguimos por ela e por todos. Obrigado por tudo, Maria”, diz a nota.
Ver essa foto no Instagram
Maria foi encontrada ferida na Gávea, Zona Sul do Rio, em 09 de setembro. Durante os dias em que permaneceu sob os cuidados da instituição, ela recebia aquecimento, alimentação assistida e acompanhamento constante.
A equipe veterinária acreditava que havia chance de recuperação, já que a bala poderia estar apenas comprimindo um nervo. A cirurgia buscava remover o projétil e dar à macaquinha a possibilidade de voltar a se movimentar.
“Eu espero que a vida dela e toda essa história sejam um motor de transformação da nossa legislação e da percepção das pessoas sobre o privilégio que a gente tem em poder conviver ainda com animais silvestres no nosso país”, disse Roched Seba, representante do Instituto Vida Livre. “Eu tenho certeza de que uma cidade mais gentil com seus animais é mais gentil com suas pessoas.”
Ainda não há informações sobre o autor do disparo. A Polícia Civil do Rio só instaurou um procedimento para apurar os fatos na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) após a comoção pública e a morte da macaquinha. O Instituto Vida Livre também comunicou o caso ao Ibama.