Moradores do bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, estão desde quarta-feira (30) convivendo com macacos pelas ruas da Zona Norte. A Equipe de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (Smam) atendeu um chamado da comunidade em razão da presença de macacos no local. Conforme levantamento da Smam, nove animais deixaram áreas naturais da cidade que sofreram desmatamento.
Os animais, da espécie Sapajus nigritus, conhecidos como macaco-prego, são nativos e comuns em zonas da cidade como altos da avenida Protásio Alves, zona Sul, zona Norte e avenida Oscar Pereira.
“Esses animais estão se deslocando em busca de novos ambientes naturais. Assim, à Smam cabe monitorar os deslocamentos e não recolhê-los, de forma a interferir o mínimo possível”, explica a bióloga Soraya Ribeiro, coordenadora da equipe de Fauna Silvestre, que salienta que prender os macacos em cativeiro ou tentar mantê-los como animais domésticos é crime ambiental.
O técnico do Ibama, Paulo Guilherme Wagner, afirma que as pessoas devem respeitar o espaço dos macacos. “Nunca tentem pegar. Não tentem agarrar ele, e principalmente, não deem alimentos. Ele sabe buscar seu alimento. Se você começar a alimentar ele de novo, ele vai acabar entrando dentro das casas”, disse.
Wagner ainda afirma que a área é muito povoada, e por isso, não é o local ideal para que os macacos vivam. “Eles estão vindo de outra região, estão se deslocando por aqui e procurando outro lugar para se refugiar. A gente teve informações de que um animal foi morto, as pessoas não compreendem”, disse.
Orientações da Smam:
– Não alimentar os animais para que não permaneçam na área urbana;
– Afugentar os animais para áreas de matas (verdes), sem agredi-los;
– Não tentar capturá-los, pois mordem para se defender;
– Ao trafegar pela via, motoristas devem ter atenção redobrada em relação à presença dos macacos;
– Não matar os animais, pois são espécies nativas, protegidas pela Lei de Crimes Ambientais.
Quem tiver informações a respeito dos animais, podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (51) 3289-7517. Caso algum desses animais seja avistado com algum tipo de ferimento, é importante contatar a Smam, pois, nessa situação, o macaco deverá ser recolhido para tratamento.
Fonte: G1