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Macacos são explorados na indústria de leite de coco na Tailândia

5 de julho de 2020
2 min. de leitura
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PETA: “Esses animais inteligentes lentamente perdem a cabeça” (Imagens: PETA)

Investigadores da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) visitaram oito fazendas na Tailândia onde encontraram macacos sendo obrigados a recolher cocos que servem como matéria-prima para alguns dos principais produtores de leite de coco do país – Aroy-D e Chaokoh.

Nesses locais, foram encontrados macacos sendo treinados para realizar a tarefa, além de uma “competição” de qual animal recolhe mais cocos. “Esses animais sensíveis estão sendo explorados”, frisa a PETA, que entrou em contato com as redes que revendiam produtos dessas marcas.

A Cost Plus World Market, que é proprietária de várias cadeias de supermercados, assumiu o compromisso de não comercializar mais os produtos da Aroy-D e Chaokoh. A PETA também está alertando outras empresas que atuam fora da Tailândia para boicotarem essas marcas.

Macacos são retirados de suas famílias ainda bebês

A estimativa é de que a ação da organização já tenha conseguido evitar a venda desses produtos em mais de 15 mil lojas. “Muitos macacos são retirados de suas famílias quando são apenas bebês. Eles recebem coleiras rígidas de metal e são mantidos acorrentados ou amarrados por longos períodos”, frisa a entidade.

E acrescenta: “Esses animais inteligentes lentamente perdem a cabeça. Levados ao desespero, andam e circulam sem parar em trechos de terra cheios de lixo.”

Amarrados pelo pescoço com uma coleira de metal, os macacos são forçados a subirem em árvores para coletar até mil cocos por dia, segundo a PETA.

Caninos removidos quando ficam agressivos

A investigação revela ainda que quando eles começam a resistir ou se mostram agressivos pode ser que seus dentes caninos sejam removidos “para facilitar o trabalho”.

“Um investigador viu macacos sendo transportados em gaiolas apertadas com espaço insuficiente para se virarem. Também testemunhou outros em gaiolas trancadas na traseira de uma caminhonete, sem abrigo contra a chuva forte. Um macaco foi visto freneticamente balançando as barras da gaiola em uma tentativa de escapar.”


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