Um macaco que vivia aprisionado em cativeiro em uma casa em Sena Madureira, no interior do Acre, foi resgatado na última quinta-feira (21) por equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (PM-AC) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
Da espécie “zogue-zogue”, o animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Rio Branco. “As características que apresentava era de que o animal fosse domesticado”, explicou ao G1 o major Cláudio Falcão, da assessoria do Corpo de Bombeiros.
Domesticar animais silvestres é uma prática cruel que fere a dignidade do animal, forçando-o a se comportar de maneira oposta à natural.
Apesar de não terem sido constatados maus-tratos, o animal foi resgatado para que possa ser reabilitado. “Na denúncia, tínhamos informações de maus-tratos, que não foram constatados. Estava solto na hora do resgate, mas em um ambiente que não conseguia sair”, afirmou o major.
A ausência de maus-tratos, no entanto, não torna menos cruel a prática de aprisionar um animal silvestre em um imóvel, privando-o da liberdade e do contato com a natureza, tão necessário à fauna silvestre.
Por conta disso, o macaco será submetido a um processo de reabilitação no Cetas para que possa ser devolvido à floresta.
“Ele não estava machucado e nem com problemas de saúde, mas o animal quando é domesticado não tem as condições necessárias para sobreviver na selva, pode ser tornar presa”, complementou o major ao explicar a necessidade da reabilitação.