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RESGATE

Macaco-prego usando fraldas é visto no pescoço de policial durante megaoperação no Rio de Janeiro

Ainda não há informações oficiais sobre o macaco, mas o uso de fraldas indica que o animal vivia em cativeiro.

29 de outubro de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Mauro Pimentel/AFP

Em meio à operação mais letal da história do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28/10), um macaco-prego, aparentemente domesticado, foi visto usando fraldas e agarrado ao pescoço de um policial da Divisão de Busca e Recaptura (Recap), da Polícia Penal do estado.

O registro, feito pelo fotógrafo Mauro Pimentel, da Agence France-Presse (AFP), mostra o animal sobre os ombros de um agente entre outros policiais fortemente armados. Embora ainda não haja informações oficiais de onde o macaco apareceu, as fraldas indicam que ele pode ter sido resgatado de um cativeiro durante a operação.

Segundo o biólogo André Maia, trata-se de um macaco-prego do gênero Sapajus, espécie conhecida por sua inteligência e capacidade de usar ferramentas. “O macaco-prego é diurno, arborícola e onívoro, conhecido por sua grande inteligência e habilidade manual, sendo capaz de usar ferramentas para quebrar alimentos. Ele tem pelagem com tons que variam do marrom ao bege, com a região da cabeça e extremidades mais escuras e, muitas vezes, uma crista de pelos que se assemelha a um capuz”, explica André.

Ele ressalta que o tráfico desses animais é um problema crônico no país. “Muitas vezes, os animais são criados em situação de maus-tratos e sem acompanhamento de médicos veterinários, com vida privada, já que foram retirados da natureza”, afirma o biólogo.

A imagem do macaco-prego nos ombros do policial mostra como o tráfico de animais silvestres é parte de um sistema violento. Enquanto a operação combatia um tipo de crime, a presença do macaco lembrava outro, igualmente cruel e profundamente enraizado na cultura de ver animais silvestres como mercadoria ou animais domésticos.

O destino do macaco-prego ainda é desconhecido, mas sua imagem deve servir como um catalisador para uma discussão mais profunda sobre o respeito à vida selvagem.

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