EnglishEspañolPortuguês

Macaco explorado há 18 anos é o último sobrevivente em zoo

21 de setembro de 2016
2 min. de leitura
A-
A+

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/Getty Images
Reprodução/Getty Images

Seu nome significa “feliz” em árabe, mas a vida do macaco Saeed é repleta de exploração. Ele é considerado a “estrela” de um zoológico em Aleppo (Síria) por supostamente demonstrar um comportamento “alegre”.

Como a cidade está na linha de frente da guerra civil do país, os visitantes têm ficado longe do Sabil Park Zoo por medo de serem incendiados por manifestantes.

A solidão de ser o último animal a sobreviver no zoológico prejudicou ainda mais o macaco de 22 anos. Um dos funcionários do local diz que Saeed se transformou em uma sombra do que foi.

Reprodução/GettyImages
Reprodução/GettyImages

“Sempre que Saeed ouve os sons de bombardeios ou de tiros, ele fica com medo e tenta subir para o ponto mais alto na jaula. Ele tem medo de ruídos altos e leva um longo tempo para se acalmar novamente”, disse Abdullah al Jaghal, responsável pelo macaco há 18 anos.

Saeed fica confinado em uma jaula sem nada, exceto um chão de terra com restos de comida, incluindo migalhas secas de pão. Porém, não é só isso. O macaco é obrigado a ficar com um corrente em torno de seu pescoço para servir de entretenimento para o público.

Reprodução/Getty Images
Reprodução/Getty Images

Asma Deeb, uma professora de Inglês, ficou feliz em descobrir que Saeed tinha sobrevivido, mas criticou a exploração do macaco: “Seu lugar não é aqui, mas na sua terra natal, na África, e eu gostaria que ele voltasse para lá e pudesse ser feliz”.

Nota da Redação:  Como inúmeros animais, Saeed passou quase toda a sua vida em cativeiro, explorado por um estabelecimento ganancioso que prioriza o lucro acima de tudo.  Embora o zoológico declare que Saeed era “alegre”, o macaco é obrigado a ficar confinado e acorrentado para  entreter o público que visita o local. Esta tortura não traz felicidade a ele, apenas uma angústia extrema que ele deve suportar diariamente devido à insensibilidade humana.

Você viu?

Ir para o topo