Um Macaco Prego foi resgatado pelo Grupo de Operações e Resgates (GOR) na sexta-feira (12), em São Francisco do Sul (SC). Quando encontrado, o animal estava com uma fratura exposta no braço, três balas de chumbinho no corpo, desnutrido e apresentava saúde crítica.
Ele segue em tratamento, devendo passar por cirurgia assim que recuperar peso. Contudo, segundo o GOR (Grupo de Operações de Resgate), corre risco de vida. O motivo da agressão ainda não é certo, porém, por conta da varíola dos macacos, casos de violência contra os animais têm crescido em todo o país.
Em São Paulo, por exemplo, foi registrado envenenamento em massa de macacos, onde aproximadamente 30 deles foram envenenados. Com mais de 20 casos da doença em Santa Catarina, é provável que a população esteja ‘caçando’ os animais, acreditando que, assim, ajudará a acabar com o vírus.
Contudo, esse achismo não passa de um grande equívoco. Mesmo que a varíola dos macacos faça referência ao animal, devido à descoberta inicial do vírus do gênero ortopoxvírus da família Poxvididar, encontrado nos animais em um laborátorio dinamarquês em 1958, o reservatório animal permanece desconhecido. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é provável que o foco esteja entre os roedores,
O QUE DIZ O GOR
Presidente do GOR (Grupo de Operações de Resgate), Pedro Henrique da Silva destaca que medidas estão sendo tomadas para evitar que situações como esta não voltem a acontecer. “Resgatamos o animal em sofrimento e não podemos deixar esta situação ocorrer novamente. Estamos atentos e a região está sendo monitorada. O Macaco resgatado está internado, recebendo cuidados veterinários, mas é necessário reforçar que maltratar animais é crime e é nossa obrigação proteger a natureza”, informou.
Ele pontuou também que “é importante lembrar que os animais devem permanecer livres e não transmitem doenças como a varíola dos macacos. Caso presencie um caso de agressão contra macacos ou qualquer outro animal, denuncie”.
Fonte: Jornal Razão